terça-feira, 27 de janeiro de 2009

SCOTT X AMUNDSEN



No dia 14 de dezembro de 1911, o norueguês Roald Amundsen e seus homens tornavam-se os primeiros a pôr os pés no pólo Sul, passando à frente do britânico Robert Falcon Scott, que morreria em março de 1912, em segundo lugar.
Nascido em 1872 em Borge, Noruega, Roald Amundsen era fascinado pelos relatos de exploradores do Ártico. Seu sonho era conquistar o pólo Norte, mas acabou perdendo a corrida em 1909 para o norte-americano Robert Peary. Quando Amundsen resolveu partir para o pólo Sul, Scott já era um veterano antártico.
Os preparativos para a viagem já estavam acabados quando chegou a notícia da conquista de Peary. Amundsen mandou um telegrama a Scott sobre a mudança de planos. Seu objetivo, agora, era o pólo Sul. Começava a corrida.
Quando o navio parou na ilha da Madeira, Amundsen informou os membros da expedição de que iam para sul e não para norte. Um telegrama foi enviado a Scott com a notícia de que a expedição norueguesa se dirigia ao Antárctico.
Os objetivos de Amundsen eram específicos, chegar ao pólo sul e ser o primeiro homem a pisar naquele ponto. Amundsen estava disposto a arriscar tudo em sua empreitada, pois já estava com a idade avançada e os pontos a serem explorados já se esvaia e não restava muito tempo, já que a expedição britânica estava presente no mesmo local.
Já os objetivos de Scott era bem diferente ao do colega norueguês, Scott levou uma grande equipe de cientistas e militares, pois seus objetivos também era explorar e coletar dados para aqueles que financiaram a sua expedição.
Scott era um oficial gabaritado para comandar uma expedição dessa natureza, já tinha feito tal empreitada com o seu compatriota e desafeto Ernest Schackleton terceiro oficial da Expedição Discovery comandada por Scott, comandante da marinha mercante real e também homem a chegar mais próximo do pólo em sua expedição Em novembro de 1902, alcançam os 82°16 S, o ponto mais austral alcançado pelo homem até então.
Para saber, após a conquista de Amundsen, Shackleton, decepcionado, propõe-se o objetivo de atravessar o continente a pé, passando sobre o pólo, o que supunha uma caminhada de 3300 km. Em 8 de agosto de 1914, parte da Inglaterra em um barco com o nome de Endurance. Com ele embarcaram 27 homens, todos eles viveriam uma das histórias mais duras da exploração polar após terem naufragados e passado 6 meses sobre ilhados no sul, resgatados posteriormente pelo navio República do Chile, graças a generosidade de um marinheiro chileno, o comandante Luis Pardo Villalón.
A preparação de Amundsen se mostrou mais eficaz em relação a dos britânicos, desde vestimentas, alimentação, homens e meio de transporte no pólo. Os pôneis da Manchúria não foram capazes de suportar o rigor do frio e terreno, a forma de evolução por pirâmides também não era a melhor organização de conquista, os carros movidos a diesel pouco foram úteis durante a empreitada, homens catedrados com pouca experiência no pólo sentiram a pressão exercida no ambiente, transporte dos trenós por tração humana foi extremamente rigorosa e a opção de levar o quinto homem até o final, restringiu ainda mais os gastos com a alimentação durante o retorno. Estas foram algumas decisões que levam os ingleses a perecerem no pólo. Estudos levam a crer que Scott celou a sua vida e dos companheiros ao deixar de acreditar na volta para a Inglaterra, após ter perdido a corrida de sua vida para o noroeguês Amundsen e com muita frustração.
Críticos do trabalho de Scott, afirmam que sua morte foi causada pela má previsão das possibilidades, acompanhada pela pior situação climatica possível. Os diários recuperados de sua barraca, onde foram encontrados mortos, informam as dificuldades encontradas, condições que envolviam extremo frio (30º negativos ou menos ainda), ventos com mais de 100 km/h e fome, pois não alcançaram os depósitos de mantimentos no tempo previsto.
Os corpos dos três membros restantes do grupo foram encontrados seis meses depois no seu acampamento, a apenas 18 Km de um maciço depósito de suprimentos. Com eles estavam os seus diários detalhando a sua missão. O diário de Scott continha a seguinte introdução: "Se acaso sobreviver terei uma lenda para contar sobre a bravura, força e coragem de meus companheiros, que irá engrandecer o coração de todos os Britânicos".
A extensa experiência de Amundsen, a preparação, e o uso dos melhores cães de trenó disponíveis fizeram a diferença no final. Em contraste aos infortúnios da expedição de Scott, Amundsen teve uma viagem sem dificuldades.

Mais informação nos livros traduzidos:

Pólo sul – Roald Amundsen Editora: ALEGRO
A Pior Viagem do Mundo, escrito por Apsley Cherry-Garrard Editora: Companhia das letras

Vanderson Cleyton Nascimento
Profissional de Educação Física e Ergonomia do Trabalho

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