domingo, 26 de julho de 2009

PELO MENOS UMA VEZ EM VIDA - CARRETERA AUSTRAL


Desde el punto de vista turístico la Carretera Austral se ha convertido en uno de los atractivos más importantes de Chile, ya que ha permitido acceder a uno territorio del cual aún queda mucho por descubrir: Patagonia Norte. Esta región abarca grandes extensiones de selva fría, parques nacionales, glaciares, gigantescos campos de hielo, lagunas, fiordos, ríos y lagos. Es un territorio ideal para hacer turismo aventura, pesca, trekking, deportes extremos, kayak, rafting y observación de flora y fauna en su estado más salvaje.La Ruta Austral se inicia en Puerto Montt y recorre más de 1240 kilómetros hasta Villa O'Higgins cerca del Campo de Hielo Sur y fue construido entre 1976 y 1987, excepto los primeros 10 km. que se realizaron antes de 1976.
Fonte: http://www.gochile.cl/html_s/ChileCarreteraAustral/Carretera-Austral.asp%20acessado%20dia%2026/07/2009 as 03:08pm


ESTRADA DA MORTE - BOLÍVIA



Estrada da morte na Bolivia é a estrada mais perigosa do mundo, localizada na Cordilheira dos Andes. A estrada da Morte, como é conhecida, todos os anos atrai turistas do mundo inteiro em busca de adrenalina, aventura e em desvendar uma curiosidade: por que a chamam assim? Muitas vezes, essa curiosidade deu lugar a fatalidades e tristezas daqueles que perderam a vida se aventurando atrás de tantas emoções. (José Marcos Souza Garcia - 19/02/2008 - 03h01).
Nome oficial: Unduavi-Yolosa
Vulgo: A Estrada da morte ou a estrada mais perigosa do mundo
Localização: La Cumbre – Coroico , Bolivia
Percurso: 64km
Taxa de morte por ano: 100

Boa sorte.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

PERIGO DA INFLUENZA A


Além dos motoristas navalhas que deixam a deseja no transito e trajetos com condições de acostamentos péssimos, isso quando há acostamento nas rodovias nacionais e estaduais que oferecem pouca possibilidade de trânsito, além de tudo isso estamos passando por uma grande epidemia de Influenza A (H1N1). No sul do Brasil (PR-SC-RS) são dos estados onde há o maior número de infectados pela nova moléstia que vem aumentando com a permanência do clima mais frio desta estação.

O objetivo deste post não é criar mais um meio de divulgação do que está obvio para todos aqueles que entendem a situação das unidades de Saúde no Brasil. É claro que o Brasil não é capaz de controlar o aumento e realizar o tratamento das pessoas infectadas, pois já está sendo divulgado na imprensa de morte de pessoas que foram atendidas e encaminhas novamente para casa com indicação de gripe comum e falecendo horas depois.

Os casos de morte estão combinados com infecções pulmonares manifestadas rapidamente no período de 3 a 4 dias. Caso tenha dificuldade de respirar procure o centro de atendimento e não saia deste local sem ter sido atendido de modo adequado as necessidades relatadas (febre alta e em alguns casos vômito e diarréia).

Caros cicloturistas que estão pensando em realizar viagens ao sul do país, peço que redobrem o cuidado com a saúde ao realizarem a viagem, seguindo as orientações conforme o ministério da Saúde brasileiro ou OMS – Organização Mundial da Saúde.Aos cicloturistas estrangeiros coletem informações de seus respectivos países com relação as informações técnicas para viagem ao Brasil.

Caso haja possibilidade de adiar ou alterar o roteiro da viagem em consequência dessa condição anormal de livre circulação do vírus influenza A, inclusive com o aumento do número de casos de mortes.

Esperamos em breve começarmos a informar melhoras desse quadro de pandemia, enquanto isso não ocorre, vamos tomar outras medidas de prevenção.


terça-feira, 21 de julho de 2009

DADOS VIAGEM PELA SERRA CATARINENSE




Bike route 327039 - powered by Bikemap 


DATA: 11 a 14 de junho de 2009
Alimentação: R$ 34,00
Hospedagem: R$ 40,00
Diversos: R$ 34,00
Sub-total: R$ 108,00

Transporte
Transporte coletivo: R$ 111,16
Táxi: R$ 80,00

Total gasto: R$ 299,16

US$: 158,00

EURO: 110,571

ODOMETRO

Km total
272,57

Velocidade máxima
52 km/h

Velocidade média
16 km/h

Temperatura
Temp. durante a viagem: 16Cº
Temp. repouso (min): -2 (Urubici)

PERCURSO

Lages – Painel: (rodovia sem acostamento e tráfego constante)
Painel – Urupema: (rodovia ser acostamento)
Urupema – Rio Rufino (rodovia sem pavimento)
Rio Rufino – Urubici (rodovia sem pavimento)
Urubici – Bom Jardim da Serra (rodovia sem acostamento)
Bom Jardim da Serra – Orleans (rodovia em acostamento e tráfego constante)

ALTITUDE

Lages a Painel: 228 metros (subida)
Painel a Urupema: 191 metros (subida)
Urupema a Rio Rufino: 475 metros (descida)
Rio Rufino a Urubici: 75 metros (subida)
Urubici a Bom Jardim da Serra: 330 metros (subida)
Bom Jardim da Serra a Serra do Rio do Rastro: 185 metros (subida)
Serra do Rio do Rastro a Lauro Muller: 1240 metros (descida)

sábado, 4 de julho de 2009

URUBICI - BOM JARDIM DA SERRA - SERRA DO RIO DO RASTRO E ORLEANS

DESCENDO A SERPENTEADA SERRA DO RIO DO RASTRO
TENTATIVA DE HOMENAGIAR O FILME "DEUS E O DIABO'" G. ROCHA.
SERRA DO RIO DO RASTRO
CONFERINDO O PERCURSO PARA DESCIDA

IMAGEM BIZARRA EM PLENO CAMPOS DE ALTITUDE-SC

ANTES DE DESCE A SERRA DO RIO O RASTRO, AINDA FALTA UM POUCO PARA DESCER


ESTAVA TUDO ENREGELADO EM BOM JARDIM DA SERRA
INDO PARA BOM JARDIM DA SERRA, SAINDO DE URUBICI
LÁ AO FUNDO, CACHOEIRA DO AVENCAL
MIRANTE NA SERRA DO AVENCAL

Ao chegar a tarde cansado pelo extenuante trajeto de chão batido a minha única intenção naquele final de tarde com o sol deitando atrás dos morros e sendo protegido pela sombra, era encontrar um camping para passar a noite.

Com relação as sombras, sentia sempre um grande resfrio ao passar por elas, sempre preferi estar com o sol, mesmo as vezes tendo maior perda de água pela transpiração. Acontecia que naturalmente havia sempre uma condição favorável de resfriamento do corpo, porém as mudanças eram muito rápidas.

Enfim, logo no centro da cidade já fui familiarizando com as pessoas e reconhecendo certas imagens, principalmente a avenida e a fachada de alguns dos hotéis. O certo é que as pessoas também ficavam me fitando, alguns com olhares cômicos e outros interessados em verificar a bicicleta e todas as bugigangas penduradas nelas. De mim estava sentindo normal em relação a situação, encarando a situação com naturalidade e respeito, dessa maneira após os primeiros instantes do choque cultural, fico mais tranqüilo para poder iniciar uma conversa.

Sempre existem as pessoas que são mais atiradas e lançam perguntas sobre o objetivo e qual foi o percurso de viagem, enfim, coisas que estão sendo vivenciadas na região e do tratamento recebido por onde já passei, bem como dos perigos encontrados na viagem.

São engraçadas as situações onde orientam a compra de uma moto ou não fazer essa viagem de carro. Faz parte do universo das pessoas pensar dessa forma e procuro argumentar do modo alternativo que estou exposto ao viajar usando a bicicleta e sempre comparando inclusive o uso do automóvel e da relação mais próxima que tenho com as pessoas, exaltando também a conversa que estou tendo com aquela pessoa. Com o crescimento das pessoas na procura pelo cicloturismo o entendimento futuramente será outro e todos poderemos apreciar mais uns aos outros durante o contato.

Inicialmente percorri boa parte da sua extensão da avenida principal procurando por vagas no hotéis ou quem sabe encontrar uma casa de família hospitaleira. Após incursões com pouco êxito, fiquei sabendo do centro de apoio ao turista e lá indicaram a Pousada Ns das Graças, peguei o folder e fui atrás desse camping.

Uma das minhas falhas foi não ter levado a lista de hotéis e pousadas da região, iria ser de grande aproveitamento, apenas imprimi os pontos turísticos e mapas de estradas.
O camping Nossa Senhora da Graças é aconchegante e bem organizado, não se restringindo a atividade de camping, há também quartos e chalés para locação.

Havia muitos casais acampando e famílias jovens hospedadas no local trazendo, havia um ar de coletividade ao ambiente. Para aguçar esse ambiente agradável, foi realizado um jantar com o prato típico da região chamado de entrevero. É uma comida saborosa, principalmente como foi preparado pela Dona Ana.

Depois de levantar a barraca e tomar um belo banho de água muito quente, preparei um chá mate para completar o aquecimento do corpo e das mãos, pois a temperatura já estava as 8 C as 09:00pm.

No horário estipulado de servir o jantar, fui até o barracão onde todos os hóspedes já estavam animados com a finalização do prato.

Vários hóspedes estavam tomando vinho e logo fui tentado a também a brindar com os demais. Então solicitei uma garrafa de vinho que esperava também repartir com os interlocutores ou guardar para continuidade da viagem.

Logo que tomei o primeiro copo de vinho, a comida começou a servida e pude começar a matar a minha imensa fome resultado do dia de pedalada.

Passou um instante e logo alguns hóspedes que estavam ao meu lado na grande mesa começaram a puxar assunto, sempre iniciados com a pergunta “Você é o ciclista que está acampado?” Depois disso começamos a conversar sobre a minha viagem e sobre a serra catarinense a partir dos diferentes olhares.

Degustei da comida e do convívio com as pessoas agradáveis neste ambiente familiar promovido no camping. Chegou uma hora que as garrafas de vinho e as conversas foram se multiplicando... nesta noite provei de diferentes vinhos, pinot noir, cabernet sauvignon, malbec e merlot, bem como os assuntos variaram de bicicleta, time de futebol, cidade que moramos, filhos “esse assunto fiquei de fora...” etc.

Para dormir não tive dificuldades de pegar no sono... não estou lembrando que horas eram mais acredito que já passava das 02:00am. Foi uma das noites que não acordei a noite com desconforto no corpo devido a superfície onde fico deitado. Acordei as 07:00 no sábado sem apresentar os efeitos de ressaca, acho que devido a qualidade dos vinhos e da comida servida na noite anterior, mas antes de dormir havia pensado nisso e busquei deixar um squeeze cheio de água antes de entrar no saco de dormir.

Ao sair da barraca fui aprontando as coisas nos alforges e na bicicleta, minha intenção era sair o quanto antes possível, em conseqüência da informação coleta com o Sr. Aldo sobre as serras e subida que iria pegar até Bom Jardim da Serra. Entre Lages e Urupema peguei várias serras e minha velocidade era de no máximo 8 km/h. Com essa velocidade a previsão era chegar em B.J. da Serra antes do anoitecer, caso saísse bem cedo, caso...

Contudo meu olho gordo cresceu para a quantidade de gulosinas oferecidas no café da manhã pelo camping, nunca havia ficado num camping ou hosteling que oferece tanta quantidade de alimentos e com muita qualidade, foi demais. Além de comer muito no jantar, acordei com fome e com vontade de abastecer bem as minhas reservas, para inclusive não parar para almoçar, seria apenas paradas rápidas para comer frutas secas, bolachas e suplementos alimentares em barra.
Depois de abastecido, comecei a me despedir das pessoas que estavam no local e quando realmente encarei a minha pedalada já era por volta das 09:00 da manhã, horário que me deixou receoso, mas com a consciência tranqüila que não precisaria parar para almoçar, apenas a necessidade de parar para realizar uma refeição rápida já seria o suficiente.

O percurso entre Urubici e Bom Jardim da Serra é realmente forte com serras e subidas intermináveis. São subidas que não acabam e os olhos não enxergam o fim, que sempre serpenteia as serras. Logo na saída da cidade tem uma imensa subida para tira-gosto...
Parei algumas vezes para descansar e tirar algumas fotos, como do mirante de Urubici e da cachoeira do avencal.

Como a velocidade estava baixa comecei a também a parar menos para tirar fotos ou descansar, principalmente depois das 15:00. Pensei na distancia que ainda faltava e na média de velocidade, que naquele momento já dava uma previsão de chegar em BJS as 19:00 e isso não estava no planejamento de viagem, pois gostaria de aproveitar para passar pela cidade e acampar nos campos de altitude, próximo a serra do rio do rastro.

Entretanto, o cansaço de pedalar mais forte depois das 04:00pm não repercutia na maior velocidade para cumprir o plano e outra situação começou a bater em meus pensamentos, era viajar a noite sem os acessórios de iluminação adequados, apenas com uma lanterna de cabeça quebrada que uso dentro da barraca.

Quando cheguei em Cruzeiro já era 05:50pm e o sol já tinha ido embora e a cada minuto o céu ia ficando cada vez mais escuro. Cheguei em um vilarejo para comer alguma coisa e descansar um pouco e também procurar as pilhas e a lanterna.

Instalei junto ao bagageiro dianteiro e comecei a pedalar em direção a Bom Jardim da Serra. Foi uma sensação diferente por que passei, pois jamais havia pedalado nessas condições. Com a escuridão parecia que outro mundo estava tentando se comunicar comigo, na verdade é a própria criação dos meus pensamentos.

Com a lanterna brilhando a frente, tinha a segurança de pedalar com moderada segurança, visto pelos automóveis que sempre sinalizavam afirmativamente a minha presença na pista, indicando que estavam vendo alguma coisa... Contudo, estava adotando uma medida de segurança em relação aos carros que vinham do mesmo lado da pista, sempre parava no acostamento esperando os carros ultrapassarem, medida essa em conseqüência de não ter sinalização luminosa traseira.

Passei por serras, pontes, subidas e descidas... infelizmente não pude apreciar a natureza deste percurso, mas realmente queria chegar o mais rápido possível a Bom Jardim da Serra para poder descansar, nesse momento já sabia que seria difícil encontrar um local para o camping e também difícil encontrar um quarto para dormir, já que estava em pleno feriado e com um típico clima procurado pelos turistas. Tive essa experiência quando passei por Urubici, percebi que vários hotéis estavam lotados.

Depois de pedalar por aproximadamente 1h50min cheguei em Bom Jardim as 07:19pm e não perdi tempo em querer encontrar um hotel ou pousada para dormir.

Logo estava chegando numa pousada, mas não queria gastar muito e logo descartei a oferta, mesmo tendo um super café da manhã. Depois dessa breve negociação, fui informado do hotel pinheiros e logo decidi ir conferir a opção.

Ao me dirigir ao hotel, passei pela frente de uma pousada e decidi verificar se havia área de camping ou um pequeno espaço para armar a barraca no terreno.

Entrei pela frente do estabelecimento e bati na porta e logo o proprietário veio me receber com hospitalidade, logo fui entrando até a cozinha da pousada e chamando a atenção dos hospedes com a minha solicitação.

Um detalhe que logo percebi foi que todos estavam bebendo vinho e preparando o jantar. O ambiente estava quente e aconchegante devido ao fogão a lenha, comum nas casas desta região. Outra situação que percebi que o proprietário estava um pouco alterado... mas sempre cordialissímo e atencioso, recebendo da melhor maneira possível.

Depois de verificarmos o local onde poderia armar a barraca, um dos hóspedes veio ao meu lado com uma taça na mão e ofereceu, dizendo que era para esquentar, pensei que talvez essa fosse a repetição da noite anterior, não me fiz de rogado, aceitei a taça e degustei com prazer a bebida ofertada pelo hóspede.

Uma roda de conversa se fez presente, onde pude relatar a viagem até aquele momento junto aos meus interlocutores que estavam interessados na fala. Também percebi que o hospede que havia ofertado a taça de vinho apareceu já portando uma outra taça, deixando aquela totalmente para mim, agradeci novamente a gentileza e comecei a conversar sobre vinhos, frutas e comida.

Mas, nem tudo estava finalizado para a minha hospedagem naquele local, foi no momento que apareceu realmente a pessoa que manda no “pedaço”, a esposa do proprietário, questionando o local onde estávamos pensando em armar a barraca. Sem perceber ela pegou o telefone e ligou ao hotel Pinheiro e consegui um quarto para ficar.

Não acho que foi por maldade ou qualquer coisa parecida, foi realmente por gentileza, pois estas pessoas estavam relutantes em me deixar posar na barraca, estava muito frio, 3 Cº e a noite prometia ainda mais. Mesmo dizendo que estava com um saco de dormir especial que pode chegar a –10 Cº na zona de conforto e ainda mais, estava preparado para se necessário colocar uma manta térmica aluminizada de emergência que aumentaria a zona de conforto, sem citar as roupas especiais, ou seja, se fosse necessário poderia bivarcar que ainda ficaria protegido do frio.
Voltei a agradecer as pessoas pela hospitalidade e interesse em ajudar, finalizei a taça de vinho e coletei mais informações sobre a cidade e o hotel.

Ao chegar no hotel, fui emitindo a minha opção de acampar ou acantonar nas dependências, mas a gerente confirmou a opção de um pequeno quarto com um preço acessível, ainda mais quando ela citou a oferta de um grande café na manhã, foi o que faltava para seduzir a tomada de decisão para a oferta.

Após tomar banho, deixei as coisas no quarto e fui preparar um macarrão instantâneo na cozinha. Conversei com os hospedes que estavam na sala assistindo televisão.

De manhã fui logo armando a bicicleta e indo tomar o café da manhã rapidamente, mesmo estando próximo da serra do rio do rastro, estava relativamente longe de Tubarão onde deveria chegar antes das 04:00pm.

Era uma farta mesa de guloseimas e quitutes, não perdi tempo em atacar muitas dessas iguarias serranas. Ao finalizar a minha alimentação matinal despedi das pessoas e subi na bicicleta com “dificuldades” para pedalar.

Estava muito frio, no entanto o céu estava azul sem nenhuma nuvem e o sol pouco aquecia no inicio da manhã. Com ritmo lento na primeira hora da pedalada, administrei até chegar no campo de altitudes, tirando fotos e descansando nesses momentos.

Os campos de altitudes são paisagens singulares de pastos cercados por morros e limitados por taipas centenárias. Ao chegar no mirante da serra do rio do rastro, tirei algumas fotos do visual e peguei a estrada descida a baixo. O trafego estava intenso tanto na subida como na descida, eram motocicletas, micro ônibus e carros. Além do trafego a rodovia está em manutenção em grande parte do percurso, porém bastante sinalizado.

Durante a descida da serra parei para tirar fotos e apreciar a natureza e arquitetura da estrada. Sempre haviam pessoas acenando e emitindo buzinaços quando passavam por mim. Os motoristas também respeitavam a minha passagem, oferecendo espaço na pista dentro da medida do possível.

Depois da descida da serra estava chegando ao nível do mar e a minha intenção era correr para avançar nas cidades até chegar em Tubarão. Ao descer a serra uma das primeiras coisas de percebi foi a mudança do clima, estando mais quente, tirei algumas camadas de roupa pois começa a ficar molhadas pelo suor.

Com o avançar das horas e a quilometragem ainda longe de Tubarão fui inicialmente começando a pensar em algumas possibilidades que poderia usar para chegar a tempo no final da minha viagem.Ao chegar em Lauro Muller constatei um dos meus receios se concretizar, não havia ônibus para Tubarão e mesmo se estive sem carga não havia tempo hábil para chegar na rodoviária de Tubarão.

Entre as opções concretas seria tentar pedir carona aos veículos compatíveis ao transporte da minha bike, mas não tive êxito, no máximo consegui parar um funcionário público trabalhador na companhia elétrica catarinense que simpaticamente negou-se na carona devido aos motivos legais de transportar terceiros em carros oficiais.

Com esse cenário concretizado não tinha grandes opções a não ser terminar a minha jornada num táxi até Tubarão. Para economizar no valor do transporte decidi percorrer mais alguns quilômetros a frente, chegando até Orleans.

Solicitei informações e cheguei na rodoviária da cidade e contratei os serviços do Sr. Bruno que prontamente ajudou a desmontar a bicicleta e colocar dentro do automóvel.

Entre a viagem até Tubarão, o motorista relatou que seu filho também era aventureiro, inclusive tinha viajando com o filho por boa tarde da América latina (Peru, Chile e Argentina) conhecendo os locais que ainda pretendo visitar.

Depois de uma hora aproximadamente chegamos a rodoviária de Tubarão. Acertei os valores com o motorista e retiramos a bicicleta do carro e despedi do Sr.

Em seguida passei tudo para dentro da mala-bike V8, especial para transportes em ônibus, desenhada e projetada pelo autor deste artigo.

Fui posteriormente a lanchonete da rodoviária, que surpreendentemente era muito boa em relação ao histórico e vivencia de outras rodo já visitadas.

Sentado esperando o horário de embarque comecei a pensar na resultado da viagem, das pessoas que conheci e o percurso de trafeguei. Tudo valeu cada segundo vivenciado durante a viagem, desde a descida e perengue vivido em Lages e das pessoas que conversei em Urubici e Bom Jardim da Serra.

Com relação ao perengue de Lages venho a relatar que não tive inacreditavelmente nenhum pneu furado ou alguma condição mecânica que dificultasse o deslocamento durante a viagem pela serra catarinense. Será que o lenço de Sr. Adão contribuiu para esse resultado, não sei dizer, posso relatar que jamais tive um pneu furado numa cicloviagem, também não ser dizer se não haveria caso não tivesse a bomba de ar.

Também fiquei restrito a não sair das estradas para não perder mais tempo do que perdi, restando uma sensação de quero mais por um tempo maior, e conhecer outros locais e paisagens da serra catarinense.

Para sintetizar isso, escrevo uma fala do Sr. Aldo do camping NS das Graças.
“se você vier em Urubici e não conhecer a pedra furada ou morro da igreja, você não veio a Urubici...”

Prefiro achar que não faltaram oportunidades de conhecer também essas paisagens em outras viagens, pois agora sei o caminho...

Agradeço a todas as pessoas que conviveram comigo nessa viagem que acabei encontrando um pouco de mim mesmo.

Até o próximo post com os dados da viagem.

URUPEMA ATÉ URUBICI VIA SC 439 E 430











Após comer as bolachinhas sem ainda pensar seriamente no percurso que estava prestes a iniciar, todavia tinha uma pequena idéia das condições que encontraria no percurso, também em virtude do pavimento ser de chão batido. Em conversa como o secretário de turismo de Urupema, foi relatado que a estrada está em processo de pavimentação e nivelada. Essa conversa revelou uma expectativa que a cidade vê para o desenvolvimento do turismo entre os municípios.

Mas, pensei que as subidas seriam um grande obstáculo e irão requerer bom controle de ritmo e boa recuperação de energia do dia anterior. Não comi muito, apenas o suficiente para apreciar a culinária serrana. As bolachas eram recobertas com goiabada de um intenso aroma, parecendo que tinham sido feitas no dia anterior, que privilégio.

Em relação ao dia, revelaram com certeza a ausência de chuva no decorrer do dia. O sol estava pouco forte, no entanto, o vento era constante, alterando o conforto térmico, acredito que a temperatura efetiva deveria estar entre 10 a 14Cº. Era um agradável dia com as nuvens brancas no céu se deslocando rapidamente, com fundo de um céu azul Terra, azul singular que sempre vejo quando estou mais ao sul.

Agora abro parênteses numa situação vivenciada durante a viagem, em decorrência dos cães. A região da serra catarinense há muitos criadores de gado, sendo uma região com forte ramo pecuário e, por conseguinte, a adoção de cachorros para auxilio nas atividades de pastoreio.

Logo na saída de Urupema observei uma corja de cães deitados na rua, ao aproximar e com o barulho da troca das marchas, disparei o gatilho para acordá-los... Como estava uma subida, estes cachorros foram atormentando cerca de um quilometro, latindo para o meu pé e me seguindo. Contudo também tive uma grata surpresa com os cães, vi na cidade um que me chamou muita atenção e levantou a cisma sobre o risco de acidente com cães, encontrei um exemplar da raça de cão que mais admiro, vi um border colie padrão, andando solto pela rua, tentei sacar a câmera rapidamente para tirar uma foto, mas não fui ágil o suficiente para registrar uma das melhores raças de cachorro que existe.

Mesmo com o estresse dos cachorros, tentei me concentrar no dia que estava apenas começando e queria iniciar bem, pensando positivo e que em breve estaria sozinho numa estrada entre Urupema e Rio Rufino.

A estrada é sinuosa, talvez concebida dessa forma para vencer as serras e facilitar a comunicação entre as cidades quando ainda o trafego era realizado por mulas.

Ao longe sempre tinha a visão de estar cercado por pequenas propriedades rurais próximo a estrada. Fiquei com pouco de vontade de visitar essas propriedades e saber um pouco das histórias destes lugares, porém em conseqüência da condição do terreno da estrada, resolvi deixar para uma próxima vez, quando tiver mais tempo para estender a visita.

Mesmo depois de 3 horas de nascente do sol, avistava gelo sobre a vegetação que estava na sombra perto dos barrancos, imagine como estava a noite?

Depois de subir a serra do morro das torres, não tive maiores subidas para transpor e que ajudou em muito, até o final do dia, seria mais difícil a pedalada caso tivesse mais serras como a encontrada no morro das torres.

Ao passar pelas chácaras sempre era recepcionado pelos cachorros poucos amistosos ao me ver, do meu ponto de vista, mantinha a calma e passava o mais rápido possível para não estressar ainda mais os cachorros.

Ao chegar em Rio Rufino percebi que os pneus estavam um pouco descalibrados, resolvi procurar um posto de gasolina para poder calibrá-los e continuar a viagem. Não percorri o centro de Rio Rufino, foi uma estadia muito rápida que não deu para perceber muita coisa, a não ser que é uma cidade pequena mesmo, porém bem aconchegante.

Após 4 horas de pedalada naquele sol agradável comecei a sentir fome e também a observar com maior atenção o ôdometro e os prováveis locais onde poderia parar e preparar o almoço. Percebi que existem pontos de ônibus ao lado da estrada e não haveria problema algum em parar e fazer as refeições naquele lugar.

Depois de vencer uma pequena subida com muitos pedregulhos tive vontade mesmo de parar e reabastecer as energias. Parei em uma dessas paradas de ônibus e preparei mais um macarrão instantâneo, agora com sabor de legumes, além do macarrão também fiz um caldo de mandioquinha para acompanhar e fortalecer a refeição e para terminar preparei um suco em pó concentrado de uva.

Ao finalizar a refeição estava observando que o alforges e acessórios estavam um pouco desarrumados sobre o bagageiro, então desmontei tudo e refiz as amarrações novamente para garantir que não havia mais a grande intensidade de vibração provocada pelos alforges.

Foram mais duas horas de pedaladas até começar a encontrar um volume de carros que ainda não tinha visto durante o trajeto e pude perceber que estava próximo de Urubici. Tive certeza quando vários carros começaram a solicitar informações sobre a localização do morro da igreja, infelizmente não sabia prestar essa informação.

Já era 05:00pm e o sol começava a deitar atrás das montanhas e trazendo aquele ar de fim de tarde e eu já começa a ficar ansioso em chegar na cidade e procurar por hospedagem.
Ao passar por moradores da região perguntei pela cidade e disseram que estava aproximadamente a 10 minutos do local onde estava, agradeci e voltei a pedalar com mais ansiosidade. Quando era 17:20 da tarde cheguei ao centro de Urubici.

Pedalando pelo centro da cidade a procura de um hotel ou pousada, fui surpreendido por um casal de carro solicitando que parasse para que pudessem oferecer uma revista...

Bom, num primeiro instante fiquei receoso com a oferta. Será mesmo? Que revista? Então subi na calçada para dar espaço para o carro parar e sem sair de sobre a bicicleta e com o olhar desconfiado e surpreso, fiquei observando o motorista descer do carro e ir até o porta mala e retirar uma revista nova e não era daquelas do tipo amostra grátis, era uma revista novinha mesmo.

Ao coletar a revista o motorista veio até mim e gentilmente aceitei a revista e agradeci a gentileza. Conversamos rapidamente sobre a revista cujo foco são os esportes de aventura, com tiragem bimestral e circulação em todo o país. Também ficou interessado na viagem ao perguntar sobre o roteiro e a minha história com o cicloturismo, respondi muito rapidamente e fomos então finalizando a conversa com as saudações cordiais e votos de boa viagem com reciprocidade e ao final o motorista até brincou comigo em relação ao portar uma “buzina” apito preso ao pulso, disse que era para espantar os cachorros ou chamar o dono dos cães por socorro...risos.

Continuei a minha pedalada em buscar por hospedagem.
Segue relato no próximo post.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

MALA BIKE



Durante as viagens de bicicleta um dos acessórios indespensáveis é a mala bike ou a adaptação de revestimentos capazes de proteger a bicicleta dentro dos bagageiros dos ônibus.
Muitas empresas se negam de transportar a bicicleta montada ou parcialmente montada. Para não causar desconforto entre motoristas e cobradores das empresas, resolvi projetar uma mala bike com as seguintes caracterisitas.
- leve (950 gramas) e com grande compactação para carregar durante a viagem
- com tamanho capaz de proteger a bicicleta com os bagageiros dianteiro e traseiro montados na bike
- alças ajustáveis junto ao quadro da bicicleta, reduzindo a possibilidade de causar rasgos no tecido
- ziper duplo para maior segurança quando na colocação de cadeado
- engates nas laterais para poder ser usada como tenda de bivark ou sobre teto de barraca.
Em conseqüencia do tecido ser fino é normal ocorrer rasgos devido a movimentação da carga e também fricção dentro do bagageiro do ônibus.
Para saber maiores informações sobre a mala bike, envie um post com a dúvida e logo responderemos a questão encaminhada.
Até o próximo post.