sábado, 31 de janeiro de 2009

PEDAL EM CURITIBA

PRAÇA DO JAPÃO

MUSEO OSCAR NIEMEYER
BOSQUE DO PAPA

PRAÇA DO JAPÃO


Pedal em Curitiba

O objetivo desta pedalada foi mostrar um pouco da cidade de Curitiba num dia de verão e céu azul, aproveitando o belo dia para pedalar na canaleta do biarticulado e encontrar as praças e áreas verdes disponíveis em Curitiba. Como foi no sábado pela tarde, não havia grande fluxo de automóveis em trânsito, diferentes dos dias de semana, mas é sempre perigoso o trânsito pela canaleta, sendo desaconselhável para aprendizes e crianças. Quando escrevo favoravelmente sobre o trafego na canaleta do biarticulado, não desejo que outras pessoas percorram esta via exclusiva do ônibus, em vista do perigo existente nela.
Como sugestão, gostaria que fosse implantado uma ciclofaixa ao lado das canaletas, conforme o projeto desenhado pelo grupo de estudo sobre mobilidade urbana, CICLOVIDA da UFPR. Inicialmente imagino que esta ciclofaixa poderia começar a ser utilizada as 14:00 do sábado após o fechamento do comércio de rua, até a 06:00 da segunda-feira, desse modo, disponibilizando maior meios de lazer e socialização do transporte na cidade.
É através do uso de meios alternativos, que Curitiba pode mostrar seu vanguardismo na área de transporte em grandes cidades. Através do uso da bicicleta, as pessoas poderão aproveitar o pontencial de turismo urbano e realizar atividades de lazer.
O dia estava muito quente como há semanas não acontecia, na verdade, este foi um dos poucos finais de semana de verão que não choveu ou não estava nublado, este último, característico da capital paranaense, principalmente no outono e inverno.
Havia muitos curitibanos e turistas aproveitando o clima quente para ir às áreas livres da cidade. Na praça do Japão, muitos adolescentes e famílias estavam aproveitando a praça para tirar fotos, tomar sorvete, água e aproveitar uma sombra e jogar conversa fora.
A praça do Japão é um local agradável e tranqüilo para quem deseja ficar relaxado, pois toda a praça é desenhada conforme os jardins japoneses com cascatas e pequenas piscinas.
A praça é uma homenagem à imigração japonesa em Curitiba. Seu projeto foi iniciado em 1958 e a praça concluída em 1962. Uma reforma, em 1993, incluiu o Portal Japonês e o Memorial da Imigração Japonesa. Ali é possível conhecer as dobraduras de papel (origami), da arte floral (ikebana) e dos poemas de três versos (hai-kais). Há 30 cerejeiras, o Portal Japonês e a Casa de Chá.
Outro ponto visitado foi o MON – Museu Oscar Niemeyer. Por sua forma inusitada, o museu é popularmente chamado de Museu do Olho ou Olho do Niemeyer.
Ao fundo há um grande gramado onde os donos de cachorros levam seus animais para uma volta e socialização entre os demais cachorros. Neste dia também foi presenciado um jogo treino de uma equipe de futebol americano, não sei quem ganhou... pois não entendo nada desse esporte... É um bom local para momentos de descontração e para quem gosta de cachorro, pois vira e mexe, os caninos vem cheirar e fazer amizade com quem esteja sentado no gramado.
Atrás do MON existe o bosque do Papa. O Bosque do Papa é um dos mais importantes parques da cidade de Curitiba, capital do estado brasileiro do Paraná. Abriga uma reserva com mais de trezentas araucárias na área central da capital paranaense. O bosque foi criado em homenagem ao Papa João Paulo II, e sedia o Memorial da Imigração Polonesa.
Lá o cicloturista encontra sete casas originais que ilustram a arquitetura dos imigrantes poloneses de Curitiba, feitas de madeira encaixada. A principal delas, construída em 1883, guarda uma gravura da Nossa Senhora de Czestochowa ou (Virgem Negra de Czestochowa), a santa padroeira da Polônia. As outras casas reproduzem o modo de viver dos imigrantes poloneses.
Para acesso ao bosque, há uma ciclovia que passa em frente ao bosque, esta ciclovia começa na rua Candido de Abreu e leva até o bosque do Papa e Parque São Lourenço, este um pouco mais afastado do centro, no entanto é a caminho para a Ópera de arame.
Tanto o bosque do Papa como o MON, estão próximos do centro cívico de Curitiba, vale a pena dar uma pedalada e conhecer a Assembléia Legislativa, Palácio do Governo, Tribunal de Contas do Estado, Prefeitura Municipal de Curitiba.
Dados do Odômetro
Saída: 247,4km
Final: 273,8km
Km final: 26,4km
Tempo real: 1h51min30sec
Velocidade Média: 12,1 km/h
Gasto aproximado de calorias: 654,34 kcal

Abraços
Vanderson
Curitiba
01/fev/2009

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

LIVROS INTERESSANTES





Segue uma lista de leitura para todos os amantes de histórias e diários de viagens e explorações, que mostram a perseverança, coragem e o espirito desbravador do homem ao encontro dos seus limites, glórias e sobrevivência.
Podemos saber de outras versões sobre o mesmo fato, como nos livros, No ar rarefeito e Escalada, conta a partir de cada autor os motivos que desencadeiaram o desartre na ascenção ao pico do Everest em 1997.
Um livro especifico de cicloturismo é o livro "Amazônia - a Viagem Quase Impossível" - Louise Sutherland, conta a saga de uma enfermeira da Nova Zelândia que atravessou a floresta amazôncia em 1978, através da rodovia transamazônica inaugurada em 1978. Ainda de cicloturismo, não poderia deixar de indicar o livro, No Guidão da Liberdade, mostra a aventura e caminhos pedalados pelo ex-advogado e agora cicloturista Antônio Olinto.

Vejam algumas das capas indicadas.

Boa leitura.
Vanderson
Curitiba

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

SCOTT X AMUNDSEN



No dia 14 de dezembro de 1911, o norueguês Roald Amundsen e seus homens tornavam-se os primeiros a pôr os pés no pólo Sul, passando à frente do britânico Robert Falcon Scott, que morreria em março de 1912, em segundo lugar.
Nascido em 1872 em Borge, Noruega, Roald Amundsen era fascinado pelos relatos de exploradores do Ártico. Seu sonho era conquistar o pólo Norte, mas acabou perdendo a corrida em 1909 para o norte-americano Robert Peary. Quando Amundsen resolveu partir para o pólo Sul, Scott já era um veterano antártico.
Os preparativos para a viagem já estavam acabados quando chegou a notícia da conquista de Peary. Amundsen mandou um telegrama a Scott sobre a mudança de planos. Seu objetivo, agora, era o pólo Sul. Começava a corrida.
Quando o navio parou na ilha da Madeira, Amundsen informou os membros da expedição de que iam para sul e não para norte. Um telegrama foi enviado a Scott com a notícia de que a expedição norueguesa se dirigia ao Antárctico.
Os objetivos de Amundsen eram específicos, chegar ao pólo sul e ser o primeiro homem a pisar naquele ponto. Amundsen estava disposto a arriscar tudo em sua empreitada, pois já estava com a idade avançada e os pontos a serem explorados já se esvaia e não restava muito tempo, já que a expedição britânica estava presente no mesmo local.
Já os objetivos de Scott era bem diferente ao do colega norueguês, Scott levou uma grande equipe de cientistas e militares, pois seus objetivos também era explorar e coletar dados para aqueles que financiaram a sua expedição.
Scott era um oficial gabaritado para comandar uma expedição dessa natureza, já tinha feito tal empreitada com o seu compatriota e desafeto Ernest Schackleton terceiro oficial da Expedição Discovery comandada por Scott, comandante da marinha mercante real e também homem a chegar mais próximo do pólo em sua expedição Em novembro de 1902, alcançam os 82°16 S, o ponto mais austral alcançado pelo homem até então.
Para saber, após a conquista de Amundsen, Shackleton, decepcionado, propõe-se o objetivo de atravessar o continente a pé, passando sobre o pólo, o que supunha uma caminhada de 3300 km. Em 8 de agosto de 1914, parte da Inglaterra em um barco com o nome de Endurance. Com ele embarcaram 27 homens, todos eles viveriam uma das histórias mais duras da exploração polar após terem naufragados e passado 6 meses sobre ilhados no sul, resgatados posteriormente pelo navio República do Chile, graças a generosidade de um marinheiro chileno, o comandante Luis Pardo Villalón.
A preparação de Amundsen se mostrou mais eficaz em relação a dos britânicos, desde vestimentas, alimentação, homens e meio de transporte no pólo. Os pôneis da Manchúria não foram capazes de suportar o rigor do frio e terreno, a forma de evolução por pirâmides também não era a melhor organização de conquista, os carros movidos a diesel pouco foram úteis durante a empreitada, homens catedrados com pouca experiência no pólo sentiram a pressão exercida no ambiente, transporte dos trenós por tração humana foi extremamente rigorosa e a opção de levar o quinto homem até o final, restringiu ainda mais os gastos com a alimentação durante o retorno. Estas foram algumas decisões que levam os ingleses a perecerem no pólo. Estudos levam a crer que Scott celou a sua vida e dos companheiros ao deixar de acreditar na volta para a Inglaterra, após ter perdido a corrida de sua vida para o noroeguês Amundsen e com muita frustração.
Críticos do trabalho de Scott, afirmam que sua morte foi causada pela má previsão das possibilidades, acompanhada pela pior situação climatica possível. Os diários recuperados de sua barraca, onde foram encontrados mortos, informam as dificuldades encontradas, condições que envolviam extremo frio (30º negativos ou menos ainda), ventos com mais de 100 km/h e fome, pois não alcançaram os depósitos de mantimentos no tempo previsto.
Os corpos dos três membros restantes do grupo foram encontrados seis meses depois no seu acampamento, a apenas 18 Km de um maciço depósito de suprimentos. Com eles estavam os seus diários detalhando a sua missão. O diário de Scott continha a seguinte introdução: "Se acaso sobreviver terei uma lenda para contar sobre a bravura, força e coragem de meus companheiros, que irá engrandecer o coração de todos os Britânicos".
A extensa experiência de Amundsen, a preparação, e o uso dos melhores cães de trenó disponíveis fizeram a diferença no final. Em contraste aos infortúnios da expedição de Scott, Amundsen teve uma viagem sem dificuldades.

Mais informação nos livros traduzidos:

Pólo sul – Roald Amundsen Editora: ALEGRO
A Pior Viagem do Mundo, escrito por Apsley Cherry-Garrard Editora: Companhia das letras

Vanderson Cleyton Nascimento
Profissional de Educação Física e Ergonomia do Trabalho

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Caminho da roça




Exibir mapa ampliado
Estou compartilhando o caminho da roça... que faço todos os dias para o trabalho, carregando um alforge e driblando os "vermelhões".
Trafego pela canaleta do biarticulado mesmo, pois acho mais seguro em vista da via tradicional, onde há carros pequenos, motos, pedestres, caminhões num volume geralmente maior.
Certa vez, quando estava desempregado e com a cabeça vazia... quiz enche-lá de alguma coisa substanciosa, então fui participar do projeto Ciclovida da UFPR através do convite alemão Ulrich Jager mas,logo depois tive... que começar a trabalhar em horário comercial e jaz no projeto. No entanto, o Miranda e Belotto tinham umas idéias de criar a ciclovia ao lado das canaletas, retirando o estacionamento e sinalizando para ciclovia. Lembro que na época citavam bem superficialmente o total de investimento e era migralhas...dinheiro de pinga... na verdade poderia entrar inclusive como créditos de carbono e receber investimentos dos países poluidores. Infelizmente não pude mais continuar participando do projeto. Participei de uma audiência pública sobre modilidade urbana, e não tem argumentos para não investir no uso também da bicicleta como alternativo modal no transporte de massa, infelizamente o demônio do IPUC não contribui em nada, absolutamente nada. Não importa, continuamos contrariando as estatísticas e lutando por alternativas de transporte nas grandes cidades do Brasil.
Veja as ilustrações de com seria a ciclovida idealizada no projeto.

Vanderson Cleyton Nascimento
Profissionl de Educação Física e Ergonomia do Trabalho
Curitiba

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009


RESUMO TRADUZIDO: Exercise intensity during an 8-day mountain bike marathon race.

O objetivo deste estudo descritivo foi analisar a intensidade do exercício em uma maratona de bicicleta, modalidade Mountain Bike (MTB) durante 8 dias. Sete indivíduos amadores MTBers (idade 33,6 + / - 3,0 anos, altura 1,67 + / - 0,5 m, massa corporal 58,4 + / - 9,9 kg), que tenham completando o Transalp Challenge 2004, foram envolvidos no estudo. Antes da corrida os indivíduos completaram um teste máximo para determinar quatro zonas intensidade baseado na freqüência cardíaca (FC) correspondente ao limiar de lactato fixo (2, 4 e 6 mmol / L). A intensidade de exercício durante a Transalp Challenge 2004 foi medido utilizando a freqüência cardíaca através da telemetria cardíaca. A média de FC foi de 85,4% da FC máxima durante a corrida ou 79,2% do máximo determinado laboratório. Trinta e seis por cento do total da corrida tempo foi gasto na alta e muito alta intensidade zonas. O estudo mostrou que a corrida de mtb é fisiologicamente muito exigente, fortemente envolvendo tanto o sistema de energia aeróbia e anaeróbia.

Traduzindo...

Não adianta o praticante de mtb realizar treinamentos moderados priorizando um sistema de produção de energia (glicolítico ou oxidativo) = carboidratos ou gorduras. É importante treinar forte através de um programa de fases de treinamentos, tais como, micro-ciclo, meso-ciclo e macro-ciclo, priorizando o campeonato ou prova mais importante do calendário ou planejamento a longo prazo, como por exemplo, classificação para uma prova internacional ou nacional, vai depender do potencial atlético do indivíduo, todos nós sabemos que existem atletas municipais, estaduais, regionais, nacionais e mundiais. Procure avaliar suas ultimas conquistas e seu potencial para alcançar passos mais longos.
Procure um profissional de Educação Física credenciado pelo CREF para melhor orientar o planejamento, através de bons métodos de avaliação física e treinamento para desempenho seus resultados poderão ser alcançados num tempo menor e com maior segurança.

REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA


WIRNITZER, K. C, KORNEXL, E . Exercise intensity during an 8-day mountain bike marathon race. European Journal of Applied Physiology. v.104, n. 6, p.999-1005, set. 2008.

Vanderson Cleyton Nascimento
Profissional de Educação Física e Ergonomia do Trabalho
CREF 008691-G/PR

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

HIDRATAÇÃO NO CICLOTURISMO


Durante a viagem de cicloturismo, a taxa de transpiração altera devido à temperatura, umidade e velocidade do vento, em média, perde-se de 0,7 a 1,5 Litros de líquidos por hora de cicloturismo numa temperatura entre 25 a 35 C. Os eletrólitos perdidos em maior quantidade na transpiração são o sódio e o cloro, por isso o liquido perdido na transpiração é salgado. A desidratação antecede a sede provocando diminuição do volume plasmático e aumento da osmolaridade (equilíbrio entre os líquidos internos e externos das nossas células. A perda de liquido pela pele reflete o mecanismo natural de resfriamento do corpo a elevação da temperatura do organismo. A diminuição de água promove perda de peso, no entanto, está longe de ser uma perda saudável, pois não perdemos gordura pelos poros e sim utilizamos a gordura como forte geradora de energia.
Quando um indivíduo torna-se hipohidratado, ocorre diminuição do volume plasmático com aumento da concentração de sódio e potássio. Todos eletrólitos ficam mais concentrados se não houver reposição hídrica. Pode ocorrer débito cardíaco, diminuição do fluxo sanguíneo para os tecidos e prejuízo no desempenho. Em casos extremos a redução do volume plasmático pode causar prejuízos além da simples queda do desempenho para a perca da vida. São muitos os casos de morte no esporte onde as suspeitas recaem na hipohidratação como causas diretas da morte.
Apesar da água ajudar a acabar com muitos problemas de desidratação, estudos comprovam que uma mistura apropriada de líquido com carboidratos e eletrólitos podem melhorar o desempenho do atleta. A hidratação não deve ser apenas de água, pois durante os exercício estamos perdendo sódio e potássio. Contrariamente a hiperhidratação leva o organismo a diluir mais líquido numa quantidade reduzidas dos minerais sódio e potássio, conhecido como hiperhidratação. Essa condição altera o mecanismo de despolarização, responsável no funcionamento das células de contração do coração e todos músculos do corpo.
Em viagens por exemplo ao deserto do Atacama deve haver uma preocupação quanto a severidade do ambiente. No Brasil a região nordeste e centro oeste é o local onde os cicloturistas tem de ficar mais expertos quanto a estação climática e período de estiagem.
Dicas importantes
- Inserir suportes de água (squeeze).
- Ter pastilhas de purificadores de água.
- Consuma frutas ricas em água, além de alimentar-se você também estará se hidratando.
- Realize o resfriamento do corpo sempre que possível. (banho de rio, cachoeira etc).

REFERENCIA BIBLIOGRAFICA
MCARDLE, W. D.; KATCH, F. I.; KATCH, V. L. Fisiologia do exercício: energia nutrição e desempenho humano. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.


Vanderson Cleyton Nascimento
Profissional de Educação Física e Ergonomia do Trabalho
CREF/09: 009681 G/PR