sábado, 28 de fevereiro de 2009

DISFUNÇÃO ERÉTIL E O CICLISMO

O ciclismo é uma excelente atividade para o sistema cárdio-respiratório. Porém, dependendo da maneira como for praticado poderá afetar adversamente a função erétil do pênis.

Quanto maior o tempo sentado sobre um selim estreito e não acolchoado que sustenta a maior parte do peso do corpo do ciclista, maior a pressão exercida sobre a linha média do períneo, especificamente sobre a crura peniana que é interna, fixa, apoiada em estruturas ósseas pélvicas.

FATORES DE RISCO:
1-Selins inadequados, não acolchoados ou muito estreitos.
2-Longos percursos em estradas, repetidos com freqüência.
3-Ciclismo praticado em pistas irregulares ou muito acidentadas quando a trepidação ou choques do períneo contra o selim ou o quadro da bicicleta poderão gerar pressões transitórias equivalentes a 200 Kg ou mais.
4-Pacientes muito pesados gerarão maior pressão sobre o períneo.
5-Pacientes que já apresentam algum grau de disfunção erétil ou outros fatores de risco. Lembrar que as bicicletas estáticas ou ergométricas apresentam os mesmos riscos.

MEDIDAS DE PROTEÇÃO:
1-Usar sempre um selim bem acolchoado.
2-Evitar selins estreitos. Se for o caso, trocá-los por outros mais largos e acolchoados.
3-Angular a ponta ou nariz do selim, alguns graus para baixo.
4-Especialmente em longas jornadas, passeios, competições, terrenos acidentados etc, ficar em pé nos pedais a cada 5 ou 10 minutos, por cerca de 3 minutos, para desbloquear a circulação sangüínea.
5-Usar as pernas apoiadas nos pedais para a absorção de choques do terreno. 6-Em bicicletas estáticas ou ergométricas, usar sempre selins largos e acolchoados; ficar em pé nos pedais a
cada 5 ou 10 minutos, por cerca de 1 minuto, para aliviar a compressão perineal.


REFERENCIA BIBLIOGRAFICA

GOMES, CÁLIDE SOARES. Disfunção erétil e a prática do ciclismo. Revista do Hospital Universitário/UFMA. v. 3(1), p. 8-13, Jan-Abr, 2002.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

INSOLAÇÃO


Insolação é o conjunto de sintomas que acomete uma pessoa exposta demasiadamente ao Sol.
Decorrente a essa situação de exposição a radiação solar durante a pedalada pode ficar agravada pela  baixa umidade. Com essas condições a pedalada apresentará maiores dificuldades de progresso na estrada ou até em casos mais extremos, terminar com o projeto.

Sempre procuro realizar minhas pedaladas em dias com boa temperatura (com sol), por isso a importancia de consultar os mapas e informações meteorológicas, buscando colher o máximo de informações e organizando as medidas de controle para aproveitar e garantir a segurança.

Na última viagem, tive alguns desses sintomas durante a pedalada, como tinha conhecimento de segurança e controle, consegui finalizar a pedada bem e com energia para o sprint final... no entanto, não foi assim muito fácil... pratiquei o mantra sagrado das pedaladas!!! uma depois a outra...

O segredo é manter o controle da situação e saber fazer ou orientar outras pessoas que esteja passando por insolação. A alta temperatura externa, umidade do ar e atividade física estimulam o organismo ao extremo, com muita perda de água e sais minerais, importante na regulação das contrações musculares.

Naturalmente deve-se buscar refriar o corpo de qualquer forma em uma sombra, cachoeira, rio, molhar a camisa (mesa hora é bom ter uma camisa de algodão, para reter mais água em comparação aos poliésters)

Esse é o primeiro passo, tendo em menta a necessidade de resfriar o corpo. Em casos muito extremo, os sintomas poderão ser acrescidos de  intensa falta de ar, dor de cabeça, náuseas e tontura; temperatura do corpo elevada; pele quente, avermelhada e seca; extremidades arroxeadas e inconsciência.

Tratamento e comentários

- Levar a pessoa para um local fresco e arejado; (a retirado do cicloturista da exposição do sol é fundamental e de preferencia num longe da irradiação (luz).
- Deitá-lo com a cabeça elevada; (acredito que dessa forma, o corpo utilize maior energia para manter os músculos e reduz a circulação de sangue para o cérebro).
- Colocar compressas frias sobre a cabeça e envolver o corpo da vítima com toalhas molhadas; Como as queimaduras na pele também geram calor, é importante manter a pele e roupas umidas.
A hidratação é importante também depois de ocorrer a insolação, pois ajuda a repor os líquidos perdidos durante a pedalada de modo constante. Apenas cuidado também com a super ingestão de água e pode desempenhar um quadro de desequilíbrio dos sais no sangue.
Em casos mais graves, as pessoas devem encaminhar o paciente aos cuidados de profissionais da area da Saúde em um pronto atendimento.
Os cuidados estão redobrados aos cicloturistas em viagem solo, como dica, é apenas o básico, escute o seu corpo e saíba das suas limitações naquele momento.
No mais é só curtir a viagem!

V8 cicloturismo
Curitiba-PR

Fonte: Wikipédia 26/02/2009

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

FOGAREIROS


Para realizar uma boa alimentação durante a viagem de cicloturismo em locais com pouca opção de restaurante ou até mesmo em acampamentos selvagens sem infra-estrutura, é essencial que o cicloturista possa preparar as suas refeições (café da manhã, almoço e jantar). Para isso ocorrer é importante o uso de fogareiros portáteis e específicos para camping.

Podemos encontrar inúmeros tipos de fogareiro, bem como, o combustível utilizado, desde benzina e butano.

Os fogareiros que utilizam benzina são mais usados por montanhistas em alta montanha, devido a  volatilidade da benzina não ser avetada em condições de ar rarefeito e frio intenso. Esses fogareiros também apresentam uma situação onde o usuários tem que bombear o fluído dentro de uma espécie de squeeze de alumínio gerando desse modo pressão ao fogageiro.

O butano também é usado num outro tipo de fogareiro, muito utilizado e fácil de encontrar em lojas de material de pesca. Trata-se de um fogareiro que utiliza um refil carregado com butano de 190g, similar aos utilizados em residência. Ao certo, não sabemos a autonomia da carga, tornando-se intrigante, porém afirmam que seja de aproximadamente 360 minutos. O preço do refil varia entre R$ 7:00 e 10:00.

No próximo post estarei escrevendo sobre as espiriteira e o modo fazer a própria espiriteira com latinhas de alumínio.

Até mais então.

V8 cicloturismo
Curitiba

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

SACO DE DORMIR



Esse acessório é indispensável para todos aventureiros, pois trata-se de um equipamento responsável em oferecer conforto durante o repouso do cicloturista, como focamos neste caso. Existem várias caracterísiticas técnicas envolvendo o equipamento, já que podemos observar seu uso em grandes altitudes, com frio extremo e ainda, conseguem manter o corpo aquecido e protegido.
Outros mais simples, também são capazes de substituir inclusive uma barraca quando o cicloturista pretende fazer um acampamento bivark= dormir ao relento. Nesse caso, o saco de dormir apresenta em seu tecido uma capacidade repelente a água, seja no próprio tecido ou em suas costuras.
Internamente vários são os materiais utilizados na confecção do equipamento, indo de fibras sintéticas capazes de conservar a temperatura internamente dentro do envoltório. Tais fibras procuram simular a plumagem do ganso, incrivelmente o melhor isolante térmico conhecido e insubstituível, porém o peso repercutido pela plumagem acaba sendo um fator limitante de uso em viagens cada vez mais leves.
Com relação a compra do saco de dormir, acredito que um equipamento com zona de conforto de +5 é o suficiente em quase todos os locais do pais, salvo em climas mais intensos, como o inverno da serra catarinense ou gaúcha, onde a temperatura pode chegar a índices negativos.
Outro cuidado com o saco de dormir é o seu armazenamento, devido as fibras sintéticas serem sensíveis a compressão, quando expostas a tais condições, estas podem não voltar ao estado normal de volume e criar espaços vagos entre as camadas, restringindo a capacidade de isolamento do calor.
É aconselhável o armazenamento em locais onde possam ser estendidos abertos e em locais ventilados longo da luz natural, pois essa luzes contém raios ultra-violetas capazes de deterioras as fibras do tecido externo do saco, provocando o descosturamento.
Verifique com o fabricante a possibilidade de oferecer assistência técnica após a compra, as ações podem ajudar a manter o equipamento em boa condição após um acidente, como rasgo ou defeito do zíper.
Caso deseje saber mais, use o post para enviar a sua dúvida.

Bons sonhos
V8 cicloturismo

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

CICLOCOMPUTADORES


Os ciclocomputadores são evidentemente muito úteis numa viagem ou simplesmente na pedalada, porque ajudam na navegação e na coleta dos registros. Ciclocomputadores também são bons motivadores para incentivar ciclistas à terminar um longo dia ou na contagem decrescente dos últimos dez quilômetros... Por diversas razões, a maioria concorda dá necessidade do uso do ciclocomputador, pela utilidade e oferecimento de informações importantes ao ciclista.

Vamos as funções básicas deste acessório.

Velocidade Máxima (MXS)
Marca a velocidade máxima atingida durante o período de monitoramento.
Ex: velocidade máxima atingida durante a descida da Serra da Graciosa.

Odômetro (ODO)
É o dado apresentado em kilometragem de toda a distância total percorrida desde a colocação do ciclocomputador.
Ex: Distância percorrida durante a vida útil do último jogo de pneus.

Distância parcial percorrida (DST)
É o dado apresentado em kilometragem de toda a distância parcial percorrida durante o acionamento do ciclocomputador.
Ex: Registra a distância de casa até o trabalho ou universidade.

Cronometro (TM)
Registro do tempo durante o desenvolvimento da atividade.
Ex. Tempo gasto de casa até o Jardim Botânico.

Velocidade Média (AVS)
Registra a velocidade média realizada durante a pedalada.
Ex. Velocidade média durante a viagem pela Estrada do Cerne.

Esses são as funções básicas podendo apresentar em outros momentos mais de 30 funções diferentes, que vão desde freqüência cardíaca, cadencia de pedala e gasto energético. Essas funções são importantes de atletas durante os treinamentos.

O ciclista poderá configurar conforme e objetivo e desejo a visualização das informações, seja velocidade e tempo, ou velocidade e horário, basta ler o manual para aprender o respectivo comando.

Há também a possibilidade de ajustar o ciclocomputador para auto, nessa função todo o momento que o imã parar de girar próximo ao pino sensor, o ciclocomputador acionará o auto e todas as leituras ficarão paradas pelo momento e retornarão logo que existir o giro da roda próximo ao sensor.

É importante que o sensor seja colocado adequadamente e que os dados sejam inseridos corretamente, na maioria das vezes, haverá a necessidade de colocar dados, por ex.; tamanho da roda ou realizar aferições manuais.

Procure marcas e modelos específicos para o seu objetivo e pesquise com o seu mecânico as melhores opções de custo-benefício, existem várias marcas, preços e modelos no mercado.

Boa pedalada
V8 cicloturismo
Curitiba

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

BICICLETAS PARA TODOS



Muitos ciclistas atualmente estão adotando o hobbie de restaurar bicicletas antigas ou até mesmo customizá-las, configurando para choppers ou lowrider.
O principio é o mesmo em relação aos seus parentes “embebidos”, seja carros ou motocicletas, torna-se uma buscar constante por bicicletas e/ou seus acessórios antigos ou raros, para depois aplicar na restauração, deixando como se tivesse saído da loja naquele momento.
No caso da customização de bicicletas o processo é um pouquinho diferente, já que as bicicletas nem sempre são montadas com suas peças originais, neste caso é o objetivo de proprietário deixar apenas com uma cara de antiga, porém com acessórios muito superiores aos originais encontrados na bike. As peças e acessórios desde tinta a pneus, podem ser importados, elevando dessa maneira os custos e o valor final da bike e as vezes não tem preço.
Originalmente a restauração e customização vem dos EUA e nada mais comum que lá seja o berço do “negócio” com inúmeras oficinas, shopstore e produtos destinados a arte de modificar bikes.
A comercialização também se dá entre os colecionadores e mecânicos. Existe uma rede de ficcionados por peças, quadros, adesivos e história das bicicletas e seus construtores, seja pela marca, processo de construção ou peças envolvidas na bicicleta.
Há diferentes abordagens entre os colecionadores e customizadores, alguns priorizam as bikes como ela foi produzida e lançada no mercado, sendo extermamente detalhistas na restauração de peças e componentes.
Um exemplo claro dessa manifestação é a oferta de peças e acessórios antigos apresentados no mercado livre, onde há desde quadros antigos até adesivos de época, tudo para deixar a bike o mais fiel possível a sua origem.
Esses colecionadores procuram contar a história de uma época através das suas bicicletas, exemplo disso é a Caloi canarinho de 1966, com o tema verde e amarelo chamando a torcida para a copa do mundo daquele ano e fazendo uma propaganda nacionalista característico do regime militar daquele ano. Outro ícone das bicicletas antigas é a Caloi berlineta aro 20 dobrável, essa bicicleta é jurássica... e pensar em evolução quando vemos a Dahon como bicicleta moderna.
No Brasil até meados dos anos 90 não existia a aquisição de componentes separados para aquisição como hoje, havia poucas marcas e modelos de bicicletas. Lembro da minha infância da caloi extra-ligth, uma bicicleta campeã de vendas e playground para muita molecada do bicicross nacional. Outra bike bastante comercializada foi o GOL das bicicletas... a Caloi 10 com a sua milésina geração, também importante a iniciação desportiva de uma geração de atletas do ciclismo de estrada.
As bicicletas customizadas podem surgir de projetos inéditos feitos para suprir uma necessidade especifica do cliente, começando de zero com relação ao quadro e peças adicionais.
Em Curitiba existe um projeto de exposição de bicicletas antigas todo o primeiro domingo de cada mês nas ruínas de são Francisco no largo da Ordem, lá você pode conhecer um pouco mais das histórias e interagir com quem gosta do mesmo que você, além que poder permutar algumas peças, acessórios ou bicicletas.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

ORIGEM V8 CICLOTURISMO


Gostaria de apresentar o projeto V8 cicloturismo aos leitores com objetivo de situá-los em virtude dos propósitos e situações que levaram a desenvolver esse projeto de construção dos próprios equipamentos de aventura.

Foi em meado do ano de 2001 após uma viagem a Arapoti-PR com uma amiga proprietária de uma loja de equipamentos de aventura em Londrina, tive a idéia de construir meus próprios equipamentos de aventura. Nessa época estava no terceiro ano de Educação Física em Londrina no norte do Paraná e estava empolgado por atividades de montanha, mais especificamente de trekking, adquirindo todos os equipamentos necessários para realizar essa atividade, no entanto como tinha contato com várias pessoas que relatavam viagens de bicicleta em curto espaço de tempo e grandes percursos, comecei a ter maior interesse em poder ter essa experiência de aventura, já que minhas viagens não percorriam quase nada quando comparados ao tempo despendido e kilometragem visitada.

Também nessa época comprei uma bicicleta e utilizava para ir até a universidade e como transporte usual em Londrina. Como já tinha investido uma grande parte de minhas economias em equipamentos de trekking, principalmente na mochila cargueira e de ataque, pois os demais ainda utilizo os mesmos; barraca, isolante térmico e saco de dormir, fiquei sem orçamento para adquirir os novos equipamentos novamente. Foi então que tive uma idéia de pegar duas mochilas idênticas de 35 litros e uni-las com reguladores de nylon, formando desse modo um alforge traseiro.

Logo de estréia, realizei uma cicloviagem, saindo de Curitiba até Paranaguá, passando pela estrada da Graciosa. Foi uma aventura que não esqueço, até mesmo uma situação em que passou um carro e o passageiro gritou “- e ae casca grossa...” foi no momento que estava ajustando o alforge no bagageiro com cordões de nylon, bem longe dos sistemas conhecidos por todos e presente nas melhores marcas. Nessa viagem, o alforge batia o tempo todo no calcanhar ou no pneu traseiro e não via a hora de chegar em Paranaguá e acabar com o sofrimento e angustia, detalhe, não conhecia nada do percurso e desde da saída de Curitiba, foi tudo no boca à boca até Paranaguá, ainda não existia ou não tinha acesso ao Google maps...

Depois de fazer a viagem, comecei a melhorar o projeto do alforge e via o interesse das pessoas e colegas de convívio da loja, combinado a isso, também havia o interesse em fazer uma grande viagem pela Patagônia Argentina, saindo de Mendoza passando pelo Usuhaia e terminando em alguma cidade do leste argentino, desse modo precisaria de recursos financeiros e tempo, com relação ao tempo ficaria organizado para o final de curso, mas em relação aos recursos, ainda não tinha resolvido como fazer.

No entanto, era uma grande empreitada, abdicar o tempo e recursos investidos na formação na faculdade, para iniciar um negócio que não saberia se iria dar certo ou não e gastar os recursos de uma provável viagem que gostaria de fazer e ainda mais, e quem sabe, perder os valores de uma especialização na área que estava sendo preparado da exercer. Foi um período que tentei levar isso para frente, no entanto os fracassos de apenas receber alguns tapinhas nas costas, me levou a abandonar o projeto para um segundo plano, onde apenas resignei a produzir protótipos e doá-los para minha amiga, agora cunhada cicloturista.

A missão inicialmente era produzir equipamentos com os materiais disponíveis no mercado têxtil, de forma a baratear os custos e fornecer equipamentos confiáveis aos consumidores. O interesse era cuidar dos desenhos dos produtos e terceirizar a produção dos equipamentos. Condição essa que também não tive êxito, em virtude de necessitar de altos valores para montar uma empresa e desconhecimento de mercado e baixos custo financeiros para bancar uma mínima produção.

Atualmente o projeto tenta divulgar ao máximo de pessoas possíveis sobre o produto e buscar seduzi-las a experimentar os equipamentos, pagando apenas o custo de produção, ou seja, material e mão de obra, nessa fase gostaria que os praticantes tivessem o contato com a conceito de praticidade, segurança e conforto proporcionados pelo equipamento.
 
Hoje em dia a intenção é estar envolto a pratica do cicloturismo, fazendo viagens ou conversando sobreo cicloturismo.


Abraços
Vanderson
Curitiba