segunda-feira, 28 de abril de 2008

SEGURANÇA SEMPRE


Os recentes levantamentos de lesões no ciclismo e suas categorias (Downhill, Uphill, bicicross e o cicloturismo), tem permitido a descrição de vários padrões de lesão no esporte e na pratica da atividade física. O mountain bike (MTB) continua popular, especialmente entre os jovens do sexo masculino, apesar das vendas e da participação em eventos têm diminuído nos últimos anos. No mountain bike, há o crescente aumento nos casos de ferimentos graves. Os jovens do sexo masculino são os mais expostos aos riscos de ferimento grave em resultado a atividade e uso de equipamentos (KIM et al,.2006).
Em geral, a incidência de lesões mais graves, tais como luxações, fraturas e contusões são baixos. Comparações entre o ciclismo de estrada e mountain bike indicam que o MTB há mais fraturas, luxações e contusões do que no ciclismo de estrada.( PFEIFFER E KRONISCH, 1995)
Ainda conforme os autores ( PFEIFFER E KRONISCH, 1995), a forma mais comum encontrada para origem das lesões é a queda por sobre o guidão, normalmente durante a descida, situação que pode gerar em trauma direto para cabeça, tronco e extremidades superiores. Uma variedade de fatores é associado a este tipo de queda, incluindo a superfície irregularidades da trilha, falhas mecânicas e de perda de controle. No MTB o risco de lesão pode ser mais elevado para as mulheres do que homens.
O estudo de (JEYS et al,. 2001) mostrou os seguintes resultados; Oitenta e quatro pacientes foram identificados, 70 homens e 14 mulheres, com idade média de 22,5 anos. Cada paciente teve uma média de 1,6 lesões e estes foram divididos em 15 categorias, que vão desde a menor dos tecidos moles e potencialmente fatais. Intervenção cirúrgica foi indicada para 19 pacientes (23%)com várias necessidades cirurgicas. As lesões comuns na clavícula foram fraturas (13%), lesões em geral (12%), fraturas e distal radial (11%).
Os equipamentos de segurança sempre devem ser utilizados durante a pratica do ciclismo em estradas e pistas não pavimentadas, reduzindo o fator de lesões graves. Sempre avalie as condições dos equipamentos e manutenção adequada de pneus, cabos e freios da sua bicicleta. Preste atenção na vida util dos compomentes da bike "relação, coroa e cubos não são eternos", quanto maior a exposição e a performance da atividade, maior deverá ser a troca de substituição dessas peças.



REFERENCIA BIBLIOGRAFICA
KIM, P. T.; JANGRA, D.; RITCHIE, A. H.; LOWER, M. E.; KASIC, S.; BROWN, D. R.; BALDWIN, G. A.; SIMONS, R. K. Mountain biking injuries requiring trauma center admission: a 10-year regional trauma system experience. Journal Trauma. v. 60, n. 2, p. 312-8, fev, 2006.
JEYS, L. M.; CRIBB, G.; TOMS , A. D.; HAY, S. M. Mountain biking injuries in rural England. Journal Sports Medicine. v. 35, n. 3, p. 197-199, jun, 2001.
PFEIFFER, R. P.; KRONISCH, R. L. Off-road cycling injuries. An overview. Sports Medicine. v. 19, n. 5, p. 311-15, mai, 1995.
KRONISCH, R. L.; PFEIFFER, R. P. Mountain biking injuries: an update. Sports Medicine. v. 32, n. 8, p. 523-37, 2002.