segunda-feira, 28 de março de 2011


Vou descrever a minha experiência e tomara que possa ser útil para vc's . Com relação a altimetria acho que conseguem em vários sites existentes por ae... o que não está lá é a condição da estrada, por isso a entrada no parque los alerces é tranquilo pela porta sul do parque. Existe uma taxa de AR$ 50,00 (R$ 25,00) para entrada no parque, oferecem um flyer e solo... Foi o único parque que cobraram essa taxa ou qq outra.

Apaguei todos os dados do odometro ao final de cada dia... acredito que saindo de Esquel até o final do trecho em asfalto, seja de aproximadamente uns 30 km's, depois é rípio. Estão em fase de estudos e terraplanagem da ruta 71, mas acho que os 100%  vai demorar um pouco, tem muito trecho que é carne de pescoço para engenharia... contudo muitos trechos estão muito bom para passar com bike.

Se tivesse de fazer novamente essa viagem aproveitaria melhor o parque los alerces para praticar mais camping's por praia nos diversos lagos  (lago verde e rio arrayanes). Não é permitido realizar camping selvagem em qq area a não ser nos camping credenciados e indicados no flyer. Em todos os campings dentro do parque los alerces há banho com água quente, mesmo aqueles mais chexelentos tem água quente, apenas restringem o período de horas para banhar-se, por ex., (08:00 as 10:00 e 18:00 as 20:00).

Saindo pela porta norte do parque há um vilarejo denominado Rivadavia. Lá não tem nada... alias tem sim... cabanas e pousadas. O que não há é camping. Neste lugar fiz um camping selvagem no local de festa da cidade ao lado do rio rivadavia (tranquilo).

De rivadavia até Cholila é uma trampa. Abro um parenteses para o pior trecho em ripio existente na viagem. Saindo de Cholila há um trecho de aproximadamente 10 km que representa bem o que é pedalar em ripio. Se não tivesse passado por esse ripio em vida, jamais saberia o que é realmente uma trampa foda neste tipo de ripio. A fama deste trecho foi verbalizado há 200km depois em San Martin de los Andes por um casal de americanos cicloturistas. Antes de ouvir isso achava que era coisa minha... que ainda estava fraco para a viagem...

A roubada do traveco... é querer fazer acampamento depois das 18:00 estando no germanderia de Epuyén (rio). Deste trecho em diante é uma serra interminável... Subi uma hora de depois tive que voltar por segurança, pois existem várias encostas com deslize de pedras e rochas... e não estava vendo nada de noite. Voltei ao posto da germanderia e peguei uma estrada de ripio, 5km depois há um camping com água quente ao lado do rio epuyén.

Outro dia voltei para serra até o camping da vila Marcardi (lago mascardi). O detalhe é que esse camping não tem ainda agua quente. Foi banho de lenço umido...
Da vila marcardi até Bariloche é tranquilo, apenas chegando em bariloche, há uma subida tranquila até a periferia dessa cidade.
Aproveitei bariloche para ficar um dia a mais para fazer uma revisão dos aros e regulagem dos cambios, comer e dormir bem.

Além do ripio ao chegar em bariloche a natureza me mostrou seu conhecidissimo vento que lambe a terra... Peguei vento lateral de bariloche até villa la agostura. Na estrada existe vários camping, fiquei no cipreses. Mas, pedalar com trafego pesado e carros em velocidade é complicado com vento lateral. Como tbm não há acostamento pavimentado é dificil controlar a bike por esse trecho. Tive vários momentos de perigo quando tentava sair da faixa branca da pista e entrar no acostamento de ripio fofo. As vezes entrava catando cavaco com a bike balaçando...

Acredito que tbm tenha sido isso que aumentou o fator de chance do cubo traseiro quebrar. Até esse momento estava transportando todo o material no bagageiro traseiro, cerca de 25kg.
Depois ainda tm mais. Ao passar por vila agostura,  começa o trecho dos sete 7 lagos, trajeto em que encontrei o maior número de cicloturistas. A estrada tbm está em processo de pavimentação e terraplanagem. Os sete lagos está dentro do parque Nahuel Huapi também com várias areas de camping (menos que alerces). Fiquei em espejo chico.

Até encontrar o asfalto são aproximadamente 35km de estrada de ripio, serra para subir e descer... Depois são quase 35 km de asfalto para chegar na cidade de mais gostei na argentina (San Martin de los Andes).
Tbm gostei de ter ficado no hostel bike. Hostel com o tema bike e dispoe de uma oficina completa de bike aos mais entusiatas...

Depois tem junin de los andes (parque nacional Lanin). Pela estrada dá pra ver perfeitamente a imponencia do lanin e outras montanhas que não sei o nome, talvez tromem... Putz tem vários lagos aos pés dessas montanhas, mas estava com pressa e ansioso para encarar a estepe patagonica.

De junin até o km 114 da ruta 40 foi o vento que mais me catigou. Tive que começar a proteger o ouvido, boca e nariz. O ouvido para poder escutar mais os autos, a boca e nariz é por causa do clima árido. Sempre molhar nariz e tomar água.

Como já sabia não tinha nada... quase nada entre junin de los andes até zapala, apenas a estepa. bom, existe algumas escolas e comunidades mapuches neste trecho. O castiga nesses lados... é a falta de água. Neste trecho fiquei na escola nº 242, deram quarto calefado e cama.

De zapala até cutral co é perdido tbm, há apenas polos petroquímicos entre as cidades. Depois de cutral co é que começa ser melhor povoada. Tem um vilarejo chamado de El Chocon onde são encontrados paleo de dino. Não visitei pois já tinha me desligado da viagem...

Cheguei em Neuquén no dia 21/03/2001, comprei a passagem de volta no dia 24/03 pois tinha viagem aérea apenas para o dia 25/03 no aeroparque. Voltei para uma cidade vizinha de Neuquén chamada Plottier onde existia vários camping.

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