Nesses dias mais quentes fiquei um período olhando para o computador com aquela cara de paisagem... mas não era uma paisagem qualquer. Meus pensamentos recordaram o cicloturismo pelo litoral paranaense, sem esquecer a serra do mar, estrada da Graciosa, Morretes e Antonina.
Tenho boas recordações sobre as histórias e fatos que aconteceram nessa viagem e durante esse minuto de pausa mental, decidi escrever um post e retornei a sentir os motivos e condições que levaram a realizar essa viagem.
Tanto a serra do mar, como o litoral paranaense são belos e propiciam condições adequadas de hospedagem e transito de bicicleta. Contudo guardando as devidas proporções quando comparamos aos países mais avançados no quesito, entretanto a falta de condições é compensada pela receptividade dos locais.
Quem estiver interessado em fazer essa viagem aconselho a pesquisar a estrada D.Pedro II ou BR 116 saindo de Curitiba. Pela estrada D. Pedro II parece que está em processo de pavimentação e o projeto é construir junto a estrada uma ciclofaixa e também oferecer toda a estrutura para os ciclistas, pontos de apoio e lanchonetes.
A dica pela serra do mar é vasta, desde conhecer as cidades históricas de Morretes, Antonina e Guaraqueçaba, está última é a mais distante e deve ser planejada para servir de acesso a Superagui.
Outro percurso bastante interessante é conhecer a Ilha do Mel, para isso o acesso é por Portal do Paraná. Lá encontrará as barcas que levam o turista até a ilha do Mel. Logo na saída o turista deve indicar qual a barca deverá tomar (Nova Brasília ou Encantadas)
Para quem gosta de sossego e organização, Nova Brasília é a mais indicada, porém os preços também são mais incrementados. Já em Encantadas historicamente é um reduto hippie e serve melhor para quem está afim de outras aventuras.
Em nova Brasília o turista estará mais próximo de mais pontos turísticos, farol, Forte de Nossa Senhora dos Prazeres de Paranaguá e a reserva ecológica. Para quem for para Nova Brasília uma dica é não freqüentar a praia de dentro, pois todos os esgotos da ilha é jogado lá.
No lado de Encantadas há a gruta onde o turista pode conhecer, no mais é importante fazer caminhadas e aproveitar para ir a praia.
Para conhecer a ilha do mel pedalando haverá alguns pontos de difícil transito, digo entre pedras, quando se deseja ir para Encantadas estando Brasília, porém é totalmente recomendável realizar, vale também verificar a maré.
Depois de conhecer a ilha do mel é interessante estender a visita para a ilha das Peças e Superagui. As peças tem esse nome devido a chegadas dos navios negreiros ao litoral do Paraná, especificamente nessa ilha, onde os africanos eram contados como peças, antes de entrar no Porto de Paranaguá.
O nome de Superagui é de origem Tupi-guarani que significa Sereia ou Rainha dos Peixes. Existem ainda várias lacunas sobre a real etnia dos índios que habitavam as áreas hoje componentes do Parque Nacional do Superagüi, porém, em algumas citações históricas, eram os índios Carijós os habitantes de todo o litoral paranaense.
Na ilha do Superagui, o cicloturista poderá estender a viagem até a ilha do Cardoso e ilha cumprida, percorrendo a praia deserta até a barra do Ararapira.
Tenho outros posts mais antigos sobre a viagem e demais indicações sobre o litoral do Paraná e serra do mar.
Aproveite o verão dos trópicos e conheça o litoral do Paraná/São Paulo é diversão garantida.
Até o próximo post.
Nenhum comentário:
Postar um comentário