A KALF empresa de São Caetano do Sul está interessada em desenvolver um quadro específico para cicloturismo. Essa informação é oficial e foi coletada diretamente do QG da KALF.
Essa é uma boa notícia apresentada aos praticantes da modalidade que vem crescendo no país e precisam de equipamentos e acessórios compatíveis com a atividade.
Atualmente os quadros utilizados para prática de cicloturismo são em sua maioria quadros de mountain bike de alumínio ou cromolibidênio. Os desenhos dos quadros de mtb oferecem grande dirigibilidade, resistência e oferta de modelos e marcas. Através deste contexto justifica a procura por esse tipo de quadro pelos cicloturistas.
Entretanto, observamos mudanças nos quadros, seja na geometria, inclusão de freios a disco ou configuração aproximadas às bicicletas de downhill ou urbanas. Tais desenhos acabam restringindo ou condicionando a compra do produto e não oferecem condições adequadas para colocação de paralamas e outros acessórios específicos do cicloturismo, como o caso de bagageiro.
Quando estudamos a história da bicicleta, verificamos grandes mudanças no desenho do quadro, é só verificar a primeira mountain bike do Gary Fisher e comparar com as últimas que serão lançadas em 2010. A questão elementar é a aplicabilidade do uso do produto, neste caso, a mtb do Gary Fisher não tornaria o trabalho do Sam Hill mais fácil do que possa parecer e a bike do Sam não facilitaria a vida do Antonio Olinto em suas viagens. Estamos apresentando que existe uma especificidade nas modalidades que passa necessariamente pelo consumidor, tecnologia, prática, ambiente e fatores sócio-econômicos.
Apenas como exemplo, observei alguns dados apresentados no site do Clube de Cicloturismo quanto ao perfil do praticante de cicloturismo. Não lembro exatamente, mas, em sua maioria tinham idade acima de 25 anos, escolaridade superior e homens na sua predominância.
A partir desse pequeno dado oferecido pelo site, podemos inferir várias questões que poderiam ser usadas no projeto de formulação do quadro para cicloturistas no Brasil, seja desde a geometria, matéria-prima ou mercado consumidor.
Buscamos também verificar os exemplos de outros países onde o cicloturismo é praticado por um grande número de pessoas. Nos E.U.A e U.E é comum haver estradas com ciclovias ao lado e cicloturistas viajando em bicicletas speed carregadas de alforge. No caso levantado acima, o meio ambiente favorece que a speed possa ser usada na viagem, cujo as estradas são 100% pavimentadas (ótimas) com uma speed.
No Brasil é um pouco diferente em relação de pavimento e o ambiente, isso não é um demérito, inclusive é roteiro preferido de cicloturistas do hemisfério norte, em vista da diversidade de condições, natureza e costumes, mas não dá para viajar com speed e inclusive rodas aro 28 comuns em outros países, não são comuns e logo o cicloturista estrangeiro que vier transitar pelo Brasil terá essa restrição caso tenha necessidade de adquirir pneus desse tamanho.
De modo generalizado acredito hoje não haver grandes diferenciações quanto ao modelo de bicicleta para cicloturismo, urbana ou mtb recreacionais, apenas com pequenas modificações quanto à colocação do bagageiro ou trailer.
A KALF está cercada de bons profissionais e detém larga experiência na construção de quadros para bicicletas, é só esperar para conferir a proposta da empresa para cicloturismo. Particularmente estou ansioso em saber as novidades em relação ao desenho, geometria e valor final ao consumidor.
Estamos de olho.
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