Depois de 3 dias de pedalada e sem tomar um verdadeiro banho chegamos ao Departamento de Montevideo. Para chegar à cidade de Montevideo é preciso atravessar uma grande ponte, teoricamente proibida para ciclistas. A chegada na cidade foi com muita emoção, e com o pneu traseiro da minha bike furado. Mas para a nossa surpresa demoramos apenas 20 minutos para resolver o problema. Enquanto nos empenhávamos na tarefa de trocar o pneu chegaram dois rapazes que perguntaram se necessitávamos de ajuda. Os uruguaios são pessoas muito simpáticas, cordiais, gentis e sumamente prestativas. Esse intercambio cultural foi de valiosa ajuda, um deles nos deixou um mapa de Rutas, o qual ajudaria bastante o nosso percurso futuro. Almoçamos no famoso “Mercado del Puerto”, um lugar for export, mas valia à pena gastar dinheiro e experimentar uma carne uruguaia. Montevideo é uma cidade fascinante, belíssima arquitetura e quilômetros de rambla (orla), a maior costa do Rio de La Plata – talvez por isso tenha sido escolhida como a “Capital administrativa del MERCOSUL” além de ter sido declarada como uma das capitais mais seguras do mundo - Uma pessoa que mora em Montevideo pode até não ter dinheiro para sair de ferias, mas isso não é transcendente, ela pode desfrutar das praias apenas tomando mate e comendo empanadas todos os dias.
Planejamos a viagem para não ter que dormir nenhum dia em albergue ou hotel. A nossa meta era poder acampar todos os dias e estar em harmonia plena com a natureza. Mas, uma cidade grande como Montevideo não se ajustava a esse nosso desejo. Enquanto atravessávamos a rambla de Montevideo, a camiseta do Brasil que a Cacau estava levando salvou a nossa noite. Um casal curioso nos parou gritando – Brasil!- eles tinham morado aqui e ficaram entusiasmados com a nossa viagem. Eles indicaram um bom lugar para acampar, mais longe da cidade. Rumo a Carrasco, pouco depois da saída do Departamento de Montevideo e entrando em Canelones, achamos esse lugar por volta das 20h. Os dias nessa estação são longos, só anoitece às 21h30min. O local era um semi-camping e lá vivemos a situação mais bizarra de toda a nossa jornada. Um casal de velhinhos administra o local e o senhor Alfonso, não batia bem da cabeça, mas isto quando ele não queria, nos deixou malucas, andando de um lado a outro, até ele escolher o “melhor” local para ficarmos; ele era realmente muito engraçado. Mas como isso era um semi-camping, não tinha chuveiro e lá estávamos as duas sujas e mais um dia sem tomar um verdadeiro banho, mas isso ficou em segundo plano, pois foi à melhor noite de sono.
Distância do percurso: 60 km
Dias de percurso: 1. Tempo de pedal: 5h.
Observação: vento contra constante
Esse foi o último ano que era carnivora !! esta lindo reviver essa viagem aqui
ResponderExcluirobrigada
marisa