domingo, 2 de maio de 2010

DIAS MELHORES VIRÃO




Apesar do número de viagens diárias feitas em bicicleta na cidade de São Paulo já superar, desde 2007, a quantidade de viagens de táxis, o ciclista paulistano ainda enfrenta a falta de infraestrutura para o seu deslocamento. Em todo o município são apenas 35,5 quilômetros de ciclovias. Na região de maior trânsito da cidade, dentro do limite das marginais, com raras exceções não há lugares seguros para os ciclistas circularem.

A falta de espaço nas ruas da cidade é a grande vilã, apontada por representantes da prefeitura do município. "É uma dificuldade física encontrar um espaço que seja para ciclovia, que não atrapalhe as outras modalidades de trânsito. Que não tire tanto espaço dos outros módulos e que não atrapalhe o pedestre", diz André Goldman, representante do gabinete da Secretaria Municipal do Meio Ambiente.

Número de ciclistas continua crescendo
Apesar de encontrar um cenário totalmente desfavorável, o número de deslocamentos diários de bicicletas tem aumentando fortemente na maior capital do Brasil. Em 1997, o número de deslocamentos feitos por bicicleta equivalia a apenas 54% (54 mil viagens diárias) do número de viagens diárias de táxis (91 mil). Nos dez anos seguintes, esse número saltou. Em 2007 já passava a ser 87% (148 mil) superior aos deslocamentos de táxis (79 mil).

Em números absolutos de viagens diárias, a bicicleta foi o segundo modo de transporte que mais cresceu de 1997 a 2007 na cidade: passou de 54 mil viagens por dia para 148 mil, um aumento de 174%. O primeiro modo, com maior crescimento, foi o transporte por moto, que aumentou 294% (de 99 mil viagens diárias em 1997 para 391 mil em 2007).

Os dados são da pesquisa Origem Destino, realizada pelo Metrô de São Paulo, divulgada em 2008. Os deslocamentos de bicicleta considerados não levam em conta aqueles feitos para a prática de esporte e lazer.

*Com informações da Agência Brasil
Foto: Panoptico

Nenhum comentário:

Postar um comentário