domingo, 1 de fevereiro de 2009

ORIGEM V8 CICLOTURISMO


Gostaria de apresentar o projeto V8 cicloturismo aos leitores com objetivo de situá-los em virtude dos propósitos e situações que levaram a desenvolver esse projeto de construção dos próprios equipamentos de aventura.

Foi em meado do ano de 2001 após uma viagem a Arapoti-PR com uma amiga proprietária de uma loja de equipamentos de aventura em Londrina, tive a idéia de construir meus próprios equipamentos de aventura. Nessa época estava no terceiro ano de Educação Física em Londrina no norte do Paraná e estava empolgado por atividades de montanha, mais especificamente de trekking, adquirindo todos os equipamentos necessários para realizar essa atividade, no entanto como tinha contato com várias pessoas que relatavam viagens de bicicleta em curto espaço de tempo e grandes percursos, comecei a ter maior interesse em poder ter essa experiência de aventura, já que minhas viagens não percorriam quase nada quando comparados ao tempo despendido e kilometragem visitada.

Também nessa época comprei uma bicicleta e utilizava para ir até a universidade e como transporte usual em Londrina. Como já tinha investido uma grande parte de minhas economias em equipamentos de trekking, principalmente na mochila cargueira e de ataque, pois os demais ainda utilizo os mesmos; barraca, isolante térmico e saco de dormir, fiquei sem orçamento para adquirir os novos equipamentos novamente. Foi então que tive uma idéia de pegar duas mochilas idênticas de 35 litros e uni-las com reguladores de nylon, formando desse modo um alforge traseiro.

Logo de estréia, realizei uma cicloviagem, saindo de Curitiba até Paranaguá, passando pela estrada da Graciosa. Foi uma aventura que não esqueço, até mesmo uma situação em que passou um carro e o passageiro gritou “- e ae casca grossa...” foi no momento que estava ajustando o alforge no bagageiro com cordões de nylon, bem longe dos sistemas conhecidos por todos e presente nas melhores marcas. Nessa viagem, o alforge batia o tempo todo no calcanhar ou no pneu traseiro e não via a hora de chegar em Paranaguá e acabar com o sofrimento e angustia, detalhe, não conhecia nada do percurso e desde da saída de Curitiba, foi tudo no boca à boca até Paranaguá, ainda não existia ou não tinha acesso ao Google maps...

Depois de fazer a viagem, comecei a melhorar o projeto do alforge e via o interesse das pessoas e colegas de convívio da loja, combinado a isso, também havia o interesse em fazer uma grande viagem pela Patagônia Argentina, saindo de Mendoza passando pelo Usuhaia e terminando em alguma cidade do leste argentino, desse modo precisaria de recursos financeiros e tempo, com relação ao tempo ficaria organizado para o final de curso, mas em relação aos recursos, ainda não tinha resolvido como fazer.

No entanto, era uma grande empreitada, abdicar o tempo e recursos investidos na formação na faculdade, para iniciar um negócio que não saberia se iria dar certo ou não e gastar os recursos de uma provável viagem que gostaria de fazer e ainda mais, e quem sabe, perder os valores de uma especialização na área que estava sendo preparado da exercer. Foi um período que tentei levar isso para frente, no entanto os fracassos de apenas receber alguns tapinhas nas costas, me levou a abandonar o projeto para um segundo plano, onde apenas resignei a produzir protótipos e doá-los para minha amiga, agora cunhada cicloturista.

A missão inicialmente era produzir equipamentos com os materiais disponíveis no mercado têxtil, de forma a baratear os custos e fornecer equipamentos confiáveis aos consumidores. O interesse era cuidar dos desenhos dos produtos e terceirizar a produção dos equipamentos. Condição essa que também não tive êxito, em virtude de necessitar de altos valores para montar uma empresa e desconhecimento de mercado e baixos custo financeiros para bancar uma mínima produção.

Atualmente o projeto tenta divulgar ao máximo de pessoas possíveis sobre o produto e buscar seduzi-las a experimentar os equipamentos, pagando apenas o custo de produção, ou seja, material e mão de obra, nessa fase gostaria que os praticantes tivessem o contato com a conceito de praticidade, segurança e conforto proporcionados pelo equipamento.
 
Hoje em dia a intenção é estar envolto a pratica do cicloturismo, fazendo viagens ou conversando sobreo cicloturismo.


Abraços
Vanderson
Curitiba

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