MORTE SÚBITA CARDIACA - SUDDEN CARDIAC DEATH (SCD)
Os esportes de montanha vêm ganhando adeptos nos países emergentes. Especula-se que na EU existam uma elevada percentagem dos caminhantes e esquiadores adultos de meia idade 34-50 anos, com doenças cardiovasculares, mas pouco se sabe sobre a verdadeira freqüência de doenças cardiovasculares em esquiadores e montanhistas (FAULHABER et al., 2007)
O trekking e hiking está associado com a taxa de mortalidade de cerca de 4 mortes por 100000 caminhantes anualmente. Cerca de 50% de todas as mortes durante a caminhada montanha são mortes súbitas cardíacas ( BURTSCHER et al., 2007).
Morte súbita cardíaca é a principal causa de mortes em indivíduos do sexo masculino com mais de 34 anos de idade durante a caminhada ou descidas de montanhas (BURTSCHER et al., 2007).
A freqüência das doenças cardiovasculares é dependente a idade e maior relacionada nos homens. A hipertensão arterial é a principal doença cardiovascular em montanhistas. Todas as pessoas com doença arterial coronária com ou sem enfarto anterior do miocárdio e 79% das pessoas com doenças cardiovasculares, em geral, são do sexo masculino com idade superior a 40 anos (FAULHABER et al., 2007)
A prevalência de doenças cardiovasculares foi determinada por entrevista com 527 montanhistas e 785 esquiadores. Dois grupos (n = 35) realizaram hiking em baixa altitude (600 metros) e em grande altitude (2000 metros e 3500 metros). Hiking e esquiar em intensidade moderada resultam em moderada respostas cardiovasculares e metabólicas que também são bem tolerados por pessoas sem doenças cardiovasculares e respiratórias graves. O baixo condicionamento e o aumento da altitude e a intensidade aumenta do exercício, aumentam a probabilidade de crises cardiovasculares. Um elevado grau de aptidão, baseado especificidade da atividade restringe as respostas negativas e melhora a tolerância ao esforço físico (BURTSCHER et al., 2005)
Estas conclusões dos estudos pesquisados permitem identificar que os hikers com maior risco de marte súbita cardíaca é recomendado adotar medidas preventivas, como por exemplo, intervenções farmacológicas e adaptação específica na montanha. É também necessário oferecer treinamentos de reanimação cardio-pulmonar para todos os montanhistas.
REFERENCIA BIBLIOGRAFICA
1. BURTSCHER, M. Risk of cardiovascular events during mountain activities. Adv Exp Med Biol. v. 618, p. 1-11, 2007.
2. BURTSCHER, M.; FAULHABER, M.; KORNEXL, E.; NACHBAUER, W. Cardiorespiratory and metabolic responses during mountain hiking and downhill skiing. Wien Med Wochenschr. v. 155, n. (7-8), p. 129-38, abr, 2005.
3. BURTSCHER, M.; PACHINGER, O.; SCHOCKE, M F.; ULMER, H. Risk factor profile for sudden cardiac death during mountain hiking. Int J Sports Med. v. 28, n. 7, p. 612-14, jul, 2007.
4. FAULHABER ,M.; FLATZ, M.; BURTSCHER, M. Frequency of cardiovascular diseases among ski mountaineers in the Austrian Alps. Int J Sports Med. v. 28, n. 1, p. 78-81, jan, 2007.
5. FAULHABER, M.; FLATZ, M.; GATTERER, H.; SCHOBERSBERGER, W.; BURTSCHER, M. Prevalence of cardiovascular diseases among alpine skiers and hikers in the Austrian Alps. High Alt Med Biol. v. 8, n. 3, p. 245-52, 2007.
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