CICLOTURISMO: CURITIBA-SUPERAGUI
Saída
A saída ocorreu por volta das 9:30am no sábado dia 25/02, devido aos atrasos com relação a deixar tudo para última hora e também observar o clima durante a amanhã.
A temperatura estava ideal para o cicloturismo, com céu azul e poucas nuvens, isentando todas as possibilidades de chuva durante a viagem mas, sempre há de se esperar trovoadas durante o verão, principalmente as pancadas de verão.
Desde o começo da pedalada estava confiante que seria uma grande viagem, diante da preparação e espectativas para mesma; pneus novos, bike revisada e acessesórios em dia.
Estava acostumado a fazer esse tipo de viagem, mais essa tinha um ar diferente pois, iria percorrer um trecho que não conhecia, contudo estava com receio a fatos relaciondos a assaltos e agressões ocorridas na região por onde passaria, como já li no livro de Luize (francesa que percorreu a transamazônica em 1972),” as pessoas falam mau de uma coisa que não conhecem...” e foi nesse sentido de embalei na pedalada.
O percurso para sair de Curitiba foi escolhido diante do conhecimento de outras pedaladas realizadas anteriormente, saindo pela rodoviária segui o caminho da canaleta até o Terminal do Capão de Imbuia, peguei a esquerda passando ao lado do Museu natural do Capão de Imbuia e saindo na avenida Vitor Ferreira do Amaral que passa atrás do estádio do Pinheirão-Jochey club, percorri na ciclovia ao lado da via até uma outra avenida que dá acesso a Pinhais, finalmente após aproximadamente 1 hora, cheguei na estrada da Graciosa, passando pelo centro de treinamento do Coritiba e pelo Alfaville. Detalhe, do alfaville até a entrada de Quatro Barras há uma ciclovia que facilita e trás segurança para pedalada.
Em Quatro Barras pedi informações a um mecânico de bike que fica logo no inicio da cidade, próximo do parque de exposição. Segui as informações e continuei a girar morro acima até o ponto de referencia. O ponto de referencia é um banco privado mas, ao lado tem uma garapeiro simpático que não iria me esquecer do que ele me falou...até o final da viagem.
Nesse ponto já fazia quase duas horas de pedal e a fome já batia, não atento a esse sinal biológico, apenas comprei mais água mineral e segui a frente.
Voltando um pouco ao que o garapeiro me disse “vc vai pela a estrada D. Pedro ll? Ela está ruim, cheia de pedregulho solto! Dito e feito, além da estrada estar nessas condições, ela é serpenteada e cheira de subidas, desgaste físico na certa, ainda mais para uma pessoa com pouca preparação. No meio do percurso com a água já estava quente e fome 100% trincando, começou a bater o medo de uma hipoglicemia, pois já tive a tal várias vezes e em circunstância semelhantes, comecei a pedalar na moral e pensar positivo em uma mercearia do tipo salame e tubaina e de sobremesa paçoquinha, e não é que encontrei, foi só alegria era por volta das 2:00pm (38 km) percorrido. No cardápio pão de forma com queijo derretido e um guaraná, blz.
Depois de mais 1 hora no pedal cheguei onde não queria... a estrada da Graciosa estava cheia de automóveis e motos, bike era um estranho no ninho... foi até engraçado como as pessoas encaram um ciclista nessas ocasiões, uns não sabem se cumprimentam ou finge que não vê, outros se sentem menosprezados (os perigosos), sempre querer tirar uma na sua cara... e as pessoas que de certa forma não faria esse tipo de coisa mais “apóiam” quem faz. Para descer a Serra não gastei muito tempo, cerca de 45 minutos, não queria ficar muito exposto entre os autos, levei mais 1 hora para chegar no porto de cima em Morretes.
Inicialmente não era pra estar nesse horário e lugar, na pior das hipóteses gostaria de estar perto de Paranaguá, para ver ser ainda conseguiria pegar o ultimo barco para Sgui, não tinha jeito mesmo, eram 4:30 pm e estava na rodoviária de Morretes, não havia ônibus e se houvesse não conseguiria embarcar a bike, pelo velho problema de sempre...(tinha mala-bike).
Decidi voltar para o porto de cima e ficar no camping da D. Siroba, tranqüilo tomei um bom banho e detonei um barreado R$ 10,00 + um béra, show de bola!!! Dormi que nem um anjo.
De manhã levantei a barraca e fui até a rodoviária de Morretes, conforme tinha relatado, não estava preparado fisicamente, então com o corpo todo detonado pos esforço, não teria como ir de bike pra Paranaguá, embarquei no onibus R$ 7,00 ,depois de 1 hora estava no destino final.
Logo que cheguei a Paranaguá fui em direção ao trapice dos barcos me informar sobre barcos para Superagui, demorou um pouco, mas consequi achar um, minha esposa e a cunhada estavam a caminho de Paranaguá, iamos para ilha juntos. No final todos nós saímos de Pgua era 2:45 pm. quanto saímos e chegamos 3 horas depois, chegamos em Sgui no final de uma tarde espetacular, valeu a pena.
A noite fomos comer no rest Costa Azul (muito bom) PF R$ 7,00 e comercial 12,00, comemos e bebemos e depois da digestão, fomos a noite do fandango no bar Akdov.
O fandango é uma dança herdada dos açorianos colonizadores do litoral do Brasil, a forma de dançar distingue de duas formas; sapateado (tipo catira) misturado com dança junina e de salão. O fandango é considerado uma dança profana devido seus temas e natureza como foi criada, alguns anos atrás a dança estava por acabar, devido a disseminação do protestantismo nas comunidades do litoral paranaense.
Quando lá cheguei, encontrei um cara que a principio já tinha visto em algum lugar e logo percebi de quem se tratava, Valdemar Niclevicz, não conversei com ele, percebi que ele é uma pessoa simples e amistosas aos indivíduos que se aproxima dele. (ponto positivo).
No dia seguinte fui fazer uma pedalada que estava planejando denominada de “expedição cataia”. Cataia é uma planta que só nasce na barra do Ararapira, próximo a divisa com SP e é curtida na pinga.
Tomei a café da manhã e saí rumo a tal “expedição” foi tranqüilo tirando a incidência de sol na cara, durante o percurso, existe várias saídas de rios de água doce, convidativo ao banho. Cerca de duas horas mais tarde finalizei a primeira fase da pedalada, comprei um saco da planta R$ 10,00 e voltei embora, tudo isso não durou mais que 30 minutos. O detalhe é que depois das 2:00 pm a maré começa a subir fica inviável a travessia de volta. Na volta foi a mesma coisa pedalava um pouco e pulada no rio...
A praia de fora é deserta e vc pode encontrar muitas colonias de albatrozes e nesta época os “pequeninos” estão junto aprendendo a caçar os peixes na beirra da praia, é muito legal. Nessa ida encontrei vários cicloturistas pedalando nesse trecho tbm, foi até uma surpresa encontrar tantos ciclistas em Sgui, faz 4 anos que freqüento e nunca tinha visto coisa parecida.
Depois de voltar pra a Sgui fui convidado pela minha cunhada e amigos a fazer um trekking pela a trilha do colono.
No dia seguinte (terça) a minha cunhada tbm cicloturista, que convido para lerem o relato da viagem dela e de sua amiga pelo Uruguai, editada na próxima revista Aventura & ação, me intimou para refazer a praia deserta, lá fui novamente a fazer o trecho sem maiores problemas.
O saldo de toda a viagem foi espetacular, quem tiver a oportunidade de visitar Superagui tem que ir, e leve uma bike que vale a pena com certeza. Vou ficar devendo os nº do ciclocomputador que foi para o espaço... e não sei qual foi o problema, apenas parou de funcionar...
Quem quiser saber mais informações entre em contato.
V8 CICLOTURISMO
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